Bom dia Droppers.
Hoje estreiamos uma nova sessão nos drops de sexta-feira, o Mic Drop. Vamo convidar uns droppers para responder algumas perguntinhas que o LinkedIn não te responde!
Hoje eu aprendi: que em um grupo de 23 pessoas selecionadas aleatoriamente, há 50% de chance de pelo menos duas delas fazerem aniversário no mesmo dia.
Na edição de hoje, em 5 minutos:
Uma aula startupeira com a Klaviyo
O que rolou mundo afora: Shopify, UBS, Apple, Spotify
Transformação Digital na America Latina
O que rolou Brasil adentro: Darwin, Frota 162, Praso
MicDrop: Ana Clara Martins
Uma aula startupeira com a Klaviyo
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Você provavelmente não a conhecia, já que ela não tem presença significante no Brasil. Mas, mesmo que você acabe nunca usando seus produtos, você precisa conhecer a história dela…
Klayivo cresceu sobre os ombros de gigantes. Criou uma estratégia de GTM (go-to-market) integrada ao crescimento dos e-commerces do Shopify - que, por sinal, é um dos investidores e dono de ~11% da empresa - permitindo que lojistas enviassem SMS, Emails e criassem fluxos de automação para aumentar vendas.
A NorthStar Metric da Klayivo? KAV (Klaviyo Attributed Value), “o valor da receita que nossos clientes geraram por meio de pedidos feitos por consumidores dentro de um período de tempo após o envio de uma mensagem usando nossa plataforma”.
Mas essa história tem muito a ensinar, vamos aos fatos:
Captou U$450milhões entre as suas rodadas de investimento e gastou apenas U$15 milhões. Ou seja, usou 4% de toda grana em conta.
Tem um Net Retention de 119%. Em outras palavras, clientes existentes expandindo (upsell e crossell) mais do que cancelando (churn).
Seus 130k clientes, com um ACV (contrato médio anual) de $5,100 geram U$658 milhões de receita recorrente anual (ARR) e ainda crescendo ~57% ao ano.
Os founders possuem impressionantes 52% das ações da empresa no momento do IPO (38,1% de Andrew Bialecki e 13,9% de Ed Hallen).
Tudo isso e, rufem os tambores… sendo rentável (profitable).
E por mais lógico que a idéia maluca de que negócios precisem gerar retorno, um estudo analisando 71 empresas SaaS que abriram capital, mostrou que 83% delas não operavam de forma rentável ao estreiar na bolsa.
Ps1: o Shopify não é tão popular no mercado nacional, mas já tem planos para mudar isso: a estratégia de entrar no Brasil é através de uma parceria já fechada com a Klayivo Brasileira RDStation - a ferramenta de marketing comprada pela TOTVS por R$1,86bi.
Ps2: parceria essa que, por sinal, parece ter sido o motivo do rompimento do acordo entre a TOTVS e a Shopify Brasileira VTEX, o VT Comércio Digital S.A, uma joint venture anunciada em 2019.
O que rolou mundo afora
Shopify: fechou uma parceria com seu maior concorrente, Amazon, e irá integrar o meio de pagamento (Buy with Prime) nas suas lojas.
UBS: o banco norte-americano, reportou o maior lucro de trimestral de qualquer banco na história, U$29 bilhões.
Apple: anunciou seu misterioso evento, Wonderlust, para segunda semana de setembro, onde deve lançar o iPhone 15.
Spotify: está produzindo uma nova série de podcast, sobre a greve de Hollywood, que irá unir Jimmy Fallon, Jimmy Kimmel, Stephen Colbert, John Oliver, e Seth Meyers.
Twitter: dá mais um passo na direção de se tornar um super-app e anuncia o lançamento de ligações de vídeo e áudio.
Transformação Digital Latam
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Galera da Atlantico.vc liberou o relatório anual de transformação digital na América Latina esta semana. É uma surra de insights para quem está empreendendo, para quem quer empreender (e até para quem odeia empreendedorismo) divididos em +80 páginas. Saca só alguns highlights:
Com um PIB de $6 trilhões e 660 milhões de pessoas, a América Latina seria a #3 maior economia do mundo se fossemos um país.
A população Latam é mais jovem do que os pares mais desenvolvidos e deve atingir o pico de crescimento em 2050.
Estão entre os maiores usuários de Internet do mundo e lideram o uso global de muitas plataformas. Acessamos mais o Instagram, Facebook, TikTok, Youtube e a Netflix do que todos os outros continentes.
Nosso Brasil representa 28% de todo investimento de venture capital - e as fintechs pegaram 45% de todo esse funding.
Ja em adoção de IA, 72% dos founders disseram usar de uma forma ou outra - desde inserir no produto a cortar custo de marketing.
3 principais takeaways by Ana Clara Martins, Partner na Atlantico:
- otimismo renovado com o novo cenário de funding (~56% dos founders)
- Impacto da digitalização nas PMEs em adoção de software (vertical software como uma tendência)
- Potencial de IA em impactar mercados como educação para diminuir gap de desigualdade social.
A gente bem podia passar essa edição inteira só resumindo esse relatório, mas com tanto capricho com uma capa inspirada na Tarsila do Amaral, seria um desperdício você mesmo não dar um check por conta própria. Check it out:
O que rolou Brasil adentro
Frota 162, startup de gestão de frotas automotivas, capta R$3mi em rodada liderada pela ACE Ventures.
Praso, o marketplace dos pequenos varejistas, captou R$45mi em rodada liderada pela Valor Capital e NFX.
Jobis, a fintech meio de pagamento para profissionais autônomos, capta rodada pré-seed.
MicDrop com a Ana Clara Martins
A Ana Clara Martins é a dropper convidada para estrear nossa nova sessão de sexta-feira, o MicDrop. A Ana é brazuca, formada em Computer Science em Stanford e uma das co-fundadoras do Brazil at Silicon Valley. Ela fez carreira no mundo dos VCs, passando por BTG Pactual, Pear VC, Invus Opportunities e hoje é Partner na Atlantico - onde investem em startups Latam e topou responder umas perguntinhas para nós. Valeu Ana!
Quais livros mais influenciaram sua vida? O primeiro de business, sobre a habilidade de tomar boas decisões: Thinking in Bets da Annie Duke, que além de professora de Wharton também é campeã nacional de poker. Válido para todos que tomam decisões: empreendedores, investidores, funcionários, etc. O segundo aborda a saúde mental do empreendedor, é o Burn Rate do Andy Dunn, founder da Bonobos, vendida para o Walmart por +$300mi, que compartilha sua experiência em criar uma startup lidando com bipolaridade.
Que conselho você daria a um founder inteligente e motivado prestes a entrar no “mundo real”? Meu conselho é… cuidado com os conselhos. Ter a resiliência mental para saber filtrar a opinião alheia, se rodear de bons conselheiros, e saber que você é quem mais sabe sobre seu negócio é chave.
Nos últimos cinco anos, qual nova crença, comportamento ou hábito melhorou mais sua vida? Conversar comigo mesma. Influenciada pelo livro The How of Happiness, reservar um tempo para fazer isso propositalmente me ajuda a entender o motivo de, ás vezes, eu estar overthinking alguma decisão. É quase uma meditação. O outro foi tocar violão e aulas de dança. Sou de uma família de músicos e esse ato me ajuda a desligar do da a dia.
Se você pudesse ter um outdoor gigante em qualquer lugar com qualquer coisa nele levando uma mensagem para bilhões de pessoas – o que ele diria e por quê? "Bancarize-se". Quanto mais digital for o dinheiro, mais gente será incluída na economia, mais acesso a serviços financeiros. Talvez esse tenha sido o maior impulsionador da economia Brasileira nos últimos anos - e o mesmo deve acontecer com os demais países Latam, começando pelo México, onde há muitas oportunidades.
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Contra dados não há argumentos
dados via SaaStr
Status do dia
Em média, os fundadores detém cerca de ~15% das ações no momento do IPO.
Co-fundadores, somados, detinham cerca de ~25% das ações no momento do IPO.
- via SaaStr