💧 A Apple e Meli aprontaram de novo...
uma com headset, outra com ads!
Bom dia, droppers.
Hoje eu aprendi: que a Apple vendeu pelo menos 150 milhões de iPhones por ano, todos os anos, ao longo desta década (desde 2013).
Na edição de hoje, em ~5 minutos:
Lá vem ela de novo: Apple Vision Pro
O que rolou mundo afora: Twitter, Binance & Coinbase, Spotify, Sequoia, Reddit, Disney e Apple, Microsoft.
Do Varejo para Mídia: Mercado Ads
O que rolou Brasil adentro: RD Station & Exact Sales, SuperLógica, SYOS e Innoway
TechDrop é a newsletter sobre tecnologia e negócios que é tão viciante que daqui a pouco vamos precisar colocar advertência de perigo na contracapa. Os efeitos colaterais incluem o leitor achar que sabe de tudo, entender de tudo um pouco e se tornar o centro das atenções no happy hour da firma.
A Apple aprontou novamente
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A tão esperada entrada da Apple no metaverso finalmente aconteceu, bem, mais ou menos. O óculos de realidade aumentada / virtual (AR/VR) foi lançado, chamado Vision Pro, mas a palavra metaverso não foi dita uma vez sequer. Ao invés disso, com seu brilhantismo de costume, a Apple introduziu o mundo à era da computação espacial:
O primeiro produto que você não olha para ele, mas através dele.
Um device que você não comanda por um teclado, mouse ou touch, e sim por voz, gestos e olhos.
Um computador que você não se limita ao tamanho da tela, ao invés disso, telas virtuais infinitas dos tamanhos que você desejar.
Um computador com ultra-qualidade de imagem/vídeo/som, contendo mais pixels por olhos do que uma TV 4k.
Um computador que combina perfeitamente o mundo real com o mundo digital.
A primeira versão sairá pela bagatela de US$ 3.499 (cerca de R$ 17.200). Mas vale lembrar que o primeiro computador da Apple, Lisa, foi lançado em 1983 por $9,995 (o equivalente a $29,370 em 2023). O Macintosh lançado em 1984, saia por $2,495 (o equivalente a $7000 em 2023). E se o nome do produto é qualquer indicativo, modelos menos PRO e mais SE devem ser os próximos.
A Apple tem a reputação de chegar onde ninguém mais conseguiu, mesmo com um produto muito parecido.
Agora, se a performance do vizinho é qualquer indicativo, os sinais não são bons:
Meta: vendeu 20 milhões de unidades do Quest, que são muito mais baratos. Mas, segundo o WSJ, apenas 50% destes continuam em uso após 6 meses da compra.
Microsoft: vendeu 300k unidades do HoloLens desde o seu lançamento, em 2016 e tem uma faixa de preço similar a da Apple.
Além deste, a Apple também usou o evento WWDC para lançar o visionOS, sistema operacional dos headsets, um novo chip M2 Ultra, o macbook air com 15'‘, um app para saúde mental chamado Journal, novas funcionalidades no iOS 17 e o Facetime na Apple TV.
Ps1: a aposta do drop é que todas unidades do Vision Pro serão vendidas em questão de horas após chegarem nas lojas, gerando uma fila de espera e demora para liberação em outros países.
Ps2: dá uma ouvida na reação dos telespectadores do WWDC quando descobriram o preço: video.
O que rolou mundo afora
Twitter: teve uma queda de 89% na receita de publicidade, no período de 5 semanas começando em Abril, gerando ‘apenas’ $88 milhões.
Binance & Coinbase: foram intimados pela SEC, que processou ambas por quebra de lei de valores imobiliários.
Spotify: demitiu cerca de 200 funcionários (2%) da divisão de Podcasts.
Sequoia: está se dividindo em três empresas. Sequoia China é agora HongShan. A Sequoia Índia agora é Peak XV Partners. E Sequoia nos EUA e na Europa continuam como Sequoia Capital.
Disney e Apple se juntaram e vão liberar o conteúdo do Disney+ no mais recente lançamento Apple Vision Pro headset.
Reddit: está demitindo ~5% da sua força de trabalho (cerca de 90 funcionários).
Microsoft: pagará U$20mi para encerrar as acusações apresentadas pela FTC, acusando a gigante de coletar ilegalmente informações pessoais de crianças sem o consentimento dos pais.
Poll do dia
Resposta ao final da news!
Do Varejo para Mídia: Mercado Ads
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A maior varejista digital da América do Sul tem se mostrado imune a crises e ameaças: Covid? Prosperou. Juros altos e incerteza econômica? Nem abalou. Competição dos maiores do mundo (Amazon)? Não machucou. Concorrência chinesa (Shein)? Nem cócegas.
Mas para se manter no topo do jogo, a MELI 0.00%↑ precisa continuar diversificando. A vertical financeira (Mercado Pago), ajudou a segurar as pontas quando o carro-chefe (Mercado Livre) sofria oscilações. Agora, estão de olho em mais uma vertical: a Mercado Ads.
Com ~150 milhões de usuários ativos no ano passado, mais de 1.1 bilhão de itens comercializados no app amarelo, e ~125 bilhões de reais transacionados no app azul, a MELI está presente em toda jornada do consumidor. Da pesquisa do produto, a busca por alternativas, a comparação dos preços, análise dos itens, passando pela compra, pelo pagamento, frete, entrega, etc… Logo, a fin+log+retail tech está no centro da experiência do usuário, abrindo caminho para um próximo passo quase óbvio de adicionar o mar ao fin+log+retail e abrir o braço de AdTech.
Agora, se a performance do vizinho é qualquer indicativo, os sinais são muito bons: a Amazon trouxe ~R$188 bilhões em receita em Ads no ano passado!
O que rolou Brasil adentro
RD Station, o software de automação de marketing e vendas, realizou sua maior aquisição até agora e paga R$51mi pela Exact Sales, a suíte SaaS de sales engagement.
SuperLógica: a fintech com soluções para condomínios, startups e outros nichos, capta rodada de R$150mi liderada pela Warburg Pincus.
SYOS, a startup de IoT aplicada a gestão da temperatura e umidade, capta R$12mi (com R$1.5mi iniciais) em rodada liderada pela Equss.
Innoway, plataforma de inteligência de dados voltada para a aceleração da cultura de inovação em organizações, capta R$500k da Semente.
Contra dados não há argumentos
Status do dia
Segundo um estudo independente contratado pela Apple e realizado pela AnalysisGroup, a AppStore teve um faturamento de R$5,5 trilhões em 2022 - o que representa 55% do PIB Brasileiro no mesmo período.
Deste valor...
US$ 910 bilhões gerados pela venda de bens e serviços físicos;
US$ 109 bilhões provenientes de publicidade dentro dos aplicativos;
US$ 104 bilhões de bens e serviços digitais.
A Apple aproveitou para destacar que 90% deste valor ficou no bolso dos desenvolvedores, sem pagarem nenhuma comissão a Apple.