💧 O fundo do poço do CNPJ
Americanas e Livraria Cultura
Bom dia, droppers.
Hoje eu aprendi: que a NASA usa o filme Armageddon, de 1998, em seu programa de treinamento gerencial. Os treinados precisam encontrar o maior número possível de erros durante o filme. O total é de 168!
Na edição de hoje, 1015 palavras em menos de 5 minutos:
O fundo do poço do CNPJ
O que rolou mundo afora: Demissões, Paypal, Tesla, Spotify
Repensando o Inalcançável: Airlander
O que rolou Brasil adentro: Arthur Mining, Amparo Saúde, Yahoo, iFood
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O fundo do poço do CNPJ
recuperação judicial, falencia, americanas, livraria cultura
Nas últimas semanas algumas notícias deixaram um gosto amargo na boca da galera, dos acionistas da faria lima a galera de humanas da USP, afinal, as palavras recuperação judicial e falência nunca vem acompanhado de boas novas.
Há algumas semanas, após descobrirem um rombo de ~$40bi na contabilidade da Americanas, foi decretada a recuperação judicial da mesma.
Na semana passada, foi a vez da Livraria Cultura, que estava em recuperação desde 2018, mas teve a falência declarada pela justiça.
Pois bem, bora entender melhor o que esse juridiquês todo quer, realmente, dizer?
A Recuperação judicial (Fase Americanas):
A própria empresa faz o pedido à justiça;
Se aceito pelo juiz, os processos e protestos ficam congelados por 180 dias;
Em 60 dias, a empresa apresenta um plano de ação para negociar dívidas;
Os credores (àqueles que precisam receber), votam na proposta.
Extra: a RJ é praticamente a repescagem, o último tubo de oxigênio para quem está quase sem fôlego. Estatisticamente, apenas 1 a cada 4 empresas que abre uma RJ sai dela viva. Já as que não conseguem, seguem para próxima fase…
A Falência (Fase Livraria Cultura):
5.1. Se aceita a proposta: a empresa tem 2 anos para cumprir o prometido e, caso não o faça, a falência é declarada.
5.2. Se não aceito: a falência é declarada imediatamente, os bens leiloados, e os credores são pagos por ordem de preferência.
A RJ não é um pré-requisito para falência. Ou seja, empresas podem pular a etapa anterior e ir direto para o game-over. Uma vez decretada a falência pelo juiz, a empresa devedora encerra as atividades e todos ativos são vendidos para pagamento das dívidas aos credores, que recebem por ordem de preferência.
Outras empresas em recuperação judicial: Oi (OIBR3), Gradiente (IGBR3), Renova Energia (ENEW4), MMX Mineração (MMXM3), Hotéis Othon (HOOT4).
Outras empresas que abriram falência: Itapemirim (em RJ desde 2016), Ricardo Eletro (que já conseguiu reverter a decisão 2x), FTX, BlockFi, Voyager e Celsius (a turma das criptos e blockchains).
O que rolou mundo afora
Demissões: Olive AI cortou 35% (~215 funcionários), News Corp cortou 5% (1250 posições), Yahoo cortou 12% (~1000 pessoas), GitHub deve cortar 10%, GitLab outros 7% (114 pessoas), GoDaddy está enxugando 8% (530 funcionários)
Paypal: é a mais nova fintech a abandonar os projetos cripto (neste caso, criação da sua própria stablecoin), com receio das regulamentações.
Tesla: teve que assistir um comercial do seu maior hater, criticando o FSD (full self-driving) durante o intervalo do super bowl.
Spotify: passou a permitir que você bloqueie playlists de afetar seu “perfil de gosto” - pode dar play no baby shark, sem destruir seu Descobertas da semana.
Poll do dia
Resposta lá na seção Status do Dia - no final deste email!
Repensando o Inalcançável: Airlander
avião, helicóptero, dirigível, hybrid
Se você pudesse parar e repensar por completo a sua experiência com aviões, por onde você começaria: um menor impacto ambiental a cada voo? decolar e pousar na vertical de qualquer lugar, seja qual for o terreno? muito mais espaço para as pernas? muito mais espaço para as malas? acabar com as baldeações para abastecer aeronaves? que tal aumentar a altura do teto para não batermos a cabeça?
Pois bem, pode pegar a sua listinha de sugestões e suas malas porque a Hybrid Air Vehicles está aqui para salvá-los(as). Com elementos de avião + helicóptero + dirigível e um design traseiro de dar inveja na Gracyanne Barbosa, a sua nova aeronave Airlander 10/50 promete resolver tudo isso:
emite 90% menos CO² que as aeronaves atuais;
usa gás hélio não inflamável para alçar vôos de qualquer lugar;
consegue ficar por 5 dias consecutivos no ar;
tem capacidade de carregar/decolar com até 10 toneladas;
chega a uma velocidade de 148km/h;
e possui um teto operacional de 6.000 m²;
A empresa busca aprovação para começar os voos já em 2026 no modelo Airlander 10, com opções de luxo, podendo carregar até 130 passageiros, com lounges, bares e restaurantes, e até configurações com camas de hotel. O Airlander 50 ainda está em fase de construção e deve ser 100% elétrico com capacidade de 50 toneladas.
Só não encontramos comentários sobre os lanchinhos que serão servidos, que considerando as miseráveis opções atuais, já seria uma baita melhoria.
Ps: a Airlander não tem nada a ver com os OVNIs (Objetos Voadores Não identificado) que foram encontrados e abatidos por alguns países durante o final de semana.
O que rolou Brasil adentro
Arthur Mining, energy tech que leva eficiência para o setor energético através da rentabilização de energia perdida ou desperdiçada, capta R$23.5mi de family offices.
Amparo Saúde, healthtech especializada em atenção primária, capta R$25mi em rodada série B liderada pelos atuais investidores Sabin e José Luiz Setúbal + family office.
Yahoo, está encerrando suas atividades no Brasil. Como parte da estratégia de redução de custos, 1k funcionários foram demitidos, destes, 80 no BR.
Contra dados não há argumentos
Status do dia
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