💧 Nas estrelas: Ryanair e Starlink
Estratégias PR stunt e aposta para maior IPO de 2023
Bom dia, droppers.
Um brinde aos +173 novos droppers que se juntaram a nós desde a última edição e um brinde ao nosso dropper
que pediu a música no LinkedIn semana passada ao emplacar três das nossas matérias nas top indicações dos editores do Linkedin!Hoje eu aprendi: que você pode digitar docs.new ou sheets.new ou slides.new diretamente no seu navegador para abrir um novo documento ou planilha ou apresentação no workspace do google. Pronto, vamos economizar uns 10 cliques/dia, 70/semana, 280/mês, 3360/ano.
Na edição de hoje, 1038 palavras em ~5 minutos:
Falem mal mas falem de mim: Ryanair
O que rolou mundo afora: Tesla, Wells Fargo, Delta, OpenAI
Aposta para o maior IPO de 23: Starlink
O que rolou Brasil adentro: GoGood, Uber Moto, Sewia
Techdrop é a newslettter que te da asas…
Falem mal mas falem de mim: Ryanair
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Quais palavras-chaves definem sua percepção sobre uma companhia aérea: Segurança? Confiança? Seriedade? Profissionalismo? Pontualidade?
Via de regra, estes também seriam os pilares corporativos de comunicação que as marcas tomariam para se posicionar. Mas, a Ryanair, cia aérea ultra-low-cost europeia, está mais para aquele aluno bully do fundão do ensino médio - e entre memes e zoeiras, a estratégia está funcionando:
TikTok: 1.9 milhões de seguidores e 25.1 milhões de likes
Instagram: 911 mil seguidores
Twitter: ~700 mil seguidores
Youtube: 91.1 mil seguidores
O posicionamento nasceu da fonte, em 2009, quando o CEO foi a público dizer que a cia começaria a cobrar de passageiros que usassem os banheiros do avião - apenas para dias depois desmentir, não sem antes se aproveitar da publicidade gratuita.
Teve também a vez que eles anunciaram um avião onde passageiros viajariam em pé - apenas para sair em todos os jornais e revistas e deixar os reguladores de cabelos em pé. Ou quando eles soltaram um ad anunciando que a concorrência (EasyJet) contratou ex-ditador corrupto do Zimbabaue como seu novo Head de Pontualidade.
Até mesmo quando baniram os funcionários de carregar seus celulares, ou a proposta de um avião com um só piloto, para diminuir custos, ou quando uma passageira reclamou de ter comprado assento janela no twitter - e recebeu essa resposta.
Como disse Mr. O’Leary, CEO da cia: "toda empresa precisa deixar de ser o Robin Hood de alto crescimento” - e com essa estratégia, Ryanair é hoje a cia aérea mais barata, mais lucrativa, e com menor budget de marketing da europa!
Moral da história: assim como o Drop, sua marca não precisa mais usar os jargões corporativistas chatos e incompreensíveis. Uma comunicação autêntica, emotiva, de gente como a gente, para gente como você, com mais originalidade e versatilidade, pode passar a mesma informação, a um preço bem menor que um anúncio no Super Bowl.
Outras marcas que acordaram e escolheram violência originalidade como estratégia:
- Twitter da Tampax; marca de absorventes
- Twitter da Wendy's; marca de fastfood
- TikTok da Microsoft; bom, essa você já conhece
- Twiter da MoonPie; marca de alfajores
O que rolou mundo afora
Tesla: começou a papelada legalizar a produção de motores elétricos para barcos, aviões e outros.
Wells Fargo: demitiu seu VP de operações na Índia, depois do mesmo urinar em um passageiro em um avião (sim, você leu isso certo).
Delta: falando em avião, o CEO da @Delta Airlines, Ed Bastian, anunciou que a partir de 1 de Feveriro, o Wifi será gratuito pra todos voos da companhia.
OpenAI: está aproveitando o buzz do ChatGPT para capitalizar através de uma nova rodada de investimento a um valuation de ~$30bi.
Aposta para o maior IPO de 23: Starlink
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Starlink, a constelação de satélites entregando internet rápida nas áreas mais remotas do planeta, nasceu como uma startup dentro da SpaceX mas tem rapidamente se tornado o filho prodígio da família.
E como todo filho, uma hora ele precisa voar orbitar. E apesar de Musk ter dito que os planos de IPO da mesma seriam só em 2025, forças externas (alô, Chammath) acreditam que o plano de estréia na bolsa possa rolar este ano.
Os analistas estimam que a Starlink traga em torno de $2bi de receita anual. Musk acredita que os números, em um futuro próximo, girem em torno de $30-72 bilhões ano - uma vez que a constelação de 12k satélites já esteja em órbita.
Com 1 milhão de subscribers, pagando $110 por mês no plano anual de 12 meses, a receita recorrente gira em torno de 1 bilhão 320 milhões.
Até o momento, existem ~3,271 satélites em órbita, ou seja, 26% do total. Seguindo a projeção, com 100% dos mesmos funcionando, a receita estaria em ~4 bilhões.
A conta não leva em consideração todo potencial de receita ainda não destravado, como planos com velocidade diferente, planos corporativos, aplicações em carros, aviões, foguetes, áreas ruais/remotas, governos em guerra…
Mais um IPO realmente faria sentido?
Pelo lado da SpaceX: além da flexibilidade financeira, ao invés de um centro de custos para lançamento de satélites, a Starlink pode se tornar um fiel cliente.
Pelo lado da Starlink: a necessidade de capital para expansão aumenta conforme mais e mais clientes (diretos e indiretos) adotam a internet via satélite, além da maior independência na tomada de decisões.
Pelo lado do Musk: mais liquidez para comprar redes sociais, fugir das margin calls, fazer mais filhos, mais memes, e tals.
Quem sabe a Starlink não seja o foguetinho que faltava para reanimar novamente a onda de IPOs tech bem sucedidos dos saudosos anos 2020…
O que rolou Brasil adentro
GoGood, a HRTech dos benefícios de bem-estar com até 70% de desconto, capta rodada de investimento liderada pela Dasa, sem valor divulgado.
Uber Moto: foi lançado no Rio e São Paulo. Mas, no melhor estilo Uber de ser, não pediram autorização as prefeituras e agora enfrentam restrições.
Seiwa, a fintech facilitando a organização financeira dos médicos, capta R$500k em rodada pré-seed liderada pela Wow.
Rocky DEM, a startup brazuca de modelagem 3D de partículas, foi adquirida pela Ansys, listada na Nasdaq, por valor não declarado.
Contra dados não há argumentos
Status do dia
James Cameron, o ex-caminhoneiro, se tornou o primeiro diretor a ter três filmes arrecadando mais de US$ 1,5 bilhão em todo o mundo:
- Titanic (1997);
- Avatar (2009);
- Avatar: The Way of Water (2022);
Matt Damon, o ator consagrado, recusou a proposta de receber 10% do filme Avatar para ser um dos protagonistas. #arrependido