💧 Motorista-as-a-service

+ AI chegou nos ads de podcasts + GenZ

Bom dia, droppers.

Hoje eu aprendi: que o co-fundador da HubSpot, Dharmesh Shah, gastou +R$50 milhões para comprar o domínio Chat.com e a internet foi a loucura.
Dois meses depois, ontem, ele vendeu o domínio com lucro e decidiu doar $250k para a Khan Academy e +$10 dólares para cada comentário neste post.

Na edição de hoje, em ~5 minutos:

• Motorista-as-a-service: Waymo + Uber

• O que rolou mundo afora: BuzzFeed, Rapid, Apple, Twitter, OpenAI

• Automatização dos Ads em Podcasts

• O que rolou Brasil adentro: deX, Levoo & Move3, BeUni

• GenZ: desconfiando da própria sombra

TechDrop é a newsletter sobre tecnologia e negócios curtinha, inteligente e enxuta, que em 5 min te leva de motoristas autônomos a genZ.

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Motorista-as-a-service: Waymo + Uber

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Das voltas que o mundo dá… Travis Kalanick, fundador e ex-ceo do Uber, tinha convicção de que o futuro do seu negócio estava em carros autônomos. Cortar os custos com motoristas aumentaria a margem significativamente, diminuiria a dor de cabeça e daria luz a uma palavra nunca-antes-vista, lucro!

A sede ao pódio somada a pressa, levou Travis à conhecer Anthony Levandowski, ex-engenheiro-chefe da divisão de carros autônomos do Google, chamada Waymo - e que agora havia saído para fundar sua própria startup de caminhões autônomos, Otto. O encontro culminou na aquisição da Otto pelo Uber e, junto aos $680 milhões, vieram também os documentos secretos roubados do Google.

Anos de batalhas legais, alguns milhões com advogados e várias acusações depois, Travis foi demitido da sua própria criação e Lewandoski foi condenado a 18 meses na prisão. Mas agora, com ambos sob nova direção, a Waymo acaba de fechar uma parceria com Uber para disponibilizar seus carros autônomos no app.

Apesar da Waymo ter o próprio app (Waymo One), o Uber já tem a base de usuários. A parceria também dá um gostinho do plano de negócio da Waymo, que não se considera uma fabricante de carros, mas de ‘motoristas'. No modelo “driver-as-a-service”, ela pretende licenciar sua tecnologia de carros autônomos para que a mesma possa ser implementada em diferentes marcas.

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O que rolou mundo afora

• BuzzFeed: que fechou seu braço de notícias mês passado, anunciou o seu mais novo produto, um gerador de receitas culinárias com IA, Botatouille.

• Rapid: a startup unicórnio de gestão de APIs, que levantou $150M em um série D há um ano, está demitindo 82% do time e buscando comprador.

• Apple: está trazendo a produção de seus chips para mais perto de casa. Para isso, fechou um acordo multi-bilionário com a Broadcom.

• Twitter: foi palco do primeiro lançamento de campanha presidencial dos EUA. O governador da Flórida DeSantis fez um Twitter Spaces com Elon Musk e David Sacks. Apesar das falhas tecnicas, o space já soma ~6.5M de views.

• OpenAI: levantou o próprio fundo de investimentos para aportar em startups. O fundo, de U$ 175,3 mi - é maior do que foi inicialmente projetado.

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Automatização dos Ads em Podcasts

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A experiência de anúncios em podcasts, até hoje, foi, no mínimo, desagradável. Na maioria das vezes, o ouvinte passa os primeiros 5 minutos escutando sobre patrocinadores e apoiadores do podcast, antes mesmo do conteúdo, de fato, começar. Mas se depender do Spotify, a indústria de ads em podcasts está prestes a mudar!

Spotify tem apostado pesado na vertical de podcasts: investiu na compra de podcasts (como Joe Rogan), na compra de estúdios de produção (Gimlet), startups de audio (The Ringer), fechou contratos de exclusividade com podcasters de grande alcance (Folha), desenvolveu features (podcast finder, network, ranking). Somados, os investimentos ultrapassaram os 12 dígitos (bilhões).
Ps: diferente dos artistas e bandas, o Spotify não paga royalties por play no podcast.

Spotify agora, está integrando IA nos ads: a compra da startup Sonantic, combinada a tecnologia da OpenAI, permite que o Spotify consiga simular a voz de um narrador e reproduzir um texto em áudio em poucos minutos. Essa tecnologia, somada a infinidade de dados de geo-localização e preferências do usuário, possibilitaria que o Spotify crie anúncios em áudios automaticamente, bem como defina o melhor lugar e momento para inseri-lo.
Ps: atualmente os anfitriões precisam gravar os audios e definir manualmente onde inseri-los de forma geral para todos ouvintes.

A tecnologia ainda está em desenvolvimento e sua primeira aplicação deve ser orientada aos podcasts proprietários do Spotify. Mas, não é dificil imaginar um futuro onde o Spotify se torne um “broker de ads para podcasts”, com geo-localização e hiper-targeting e, quem sabe, a mesma tecnologia, permita que você ouça o seu podcast favorito americano, em português.

Ps: o Spotify já usa IA na criação e otimização de mídias pagas próprias a tempos. Basta notar que, a maioria dos criativos dos anúncios são sobreposições de palavras, ícones e imagens, com alterações de cores e CTAs.

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O que rolou Brasil adentro

• deX, startup especializada em engenharia de dados na nuvem, anunciou um pré-seed de valor não anunciado liderado pela EquitasVC.

• Levoo, a logtech especializada em soluções de última milha (last mile), é adquirida pela Move3, holding paulista especializada em soluções de logística.

• BeUni, a plataforma de compra, armazenamentos e envio de brindes e produtos personalizados, capta R$1.7mi em rodada liderada pela Investidores.vc.

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GenZ: desconfiando da própria sombra

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A Morning Consult divulgou o resultado da sua pesquisa anual identificando as marcas mais confiáveis do mundo segundo seus consumidores. Pelo segundo ano consecutivo, ocupando o primeiro lugar, a marca tão popular que ninguém sabe o nome do produto, Band-Aid.

A pesquisa calculou as classificações líquidas de confiança = a parcela de pessoas que dizem confiar nas marcas "para fazer a coisa certa" menos a parcela que não confia, para mais de 1,5 mil empresas. E advinha?

A GenZ é a mais desconfiada:

• Gen X: ~22%

• Millenials: ~19%

• Gen Z: ~11%

Os céticos xóvens podem não ser de todo mau. Talvez por isso mesmo que a única categoria de negócios que responderam bem foi o de ONGs. E para deixar titio Nassin Taleb orgulhoso, também são a geração com mais voluntários - skin in the game.

Ps1: o nome do produto da band-aid é bandagens adesivas.
Ps2: entre as marcas mais reconhecidas em outros países. Alipay na China, Toyota no Japão, PayPal na Alemanha, Google na Índia e França, WhatsApp na Itália…

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Contra dados não há argumentos

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