Já pensou em fazer a rota Fortaleza - Brasil <> Sines - Portugal, com passagens ainda pela Guiana Francesa, Ilha da Madeira, Ilhas Canárias e Cabo Verde? Pois bem, não é uma nova rota aérea, mas submaritma. E não é para pessoas, é um novo cabo de fibra ótica com 6mil km de extensão e um custo estimado de US$ 185 milhões. O novo cabo promete diminuir a latência em até 50%, além de aumento da velocidade e evitar passar pelos EUA, como os atuais - inaugurado ontem!
Cidades Empresas
~ morando no escritório
Foi-se o tempo que era sexy construir escritórios, a moda agora é… construir cidades.
Essa semana o Google recebeu autorização para construir seu megacampus em San José, na California, chamado de Downtown West. O espaço será parcialmete aberto ao público e tem mais que 320mil m2, contará com 4 mil residências, sendo que 1 mil dessas serão para habitação popular, e 3 mil serão para Googlers, 300 suites de hoteis.
Sunday Pichai segue os passos de Mark Zuckerberg e a Willow Village, ou Tim Cook e o Apple Park e outros
No Brasil já contamos com 2 quase cidades que não foram construídas pelo nosso governo, mas pelos nossos CEOs:
Villa XP: o megacampus da XP Inc, com aproximadamente 500 mil m2, será em São Roque (próximo a capital paulista) no complexo Parque Catarina - onde já se encontra o Catarina Fashion Outlet e o São Paulo Catarina Aeroporto Executivo.
Como toda boa empresa de tech - vide o megacampus da Apple - o projeto é 100% ecoeficiente, conta com 100% de energia renovável e terá hotél, escritórios, casas, áreas de lazer e mais.
Melicidade: inaugurado há mais tempo (2016), a cidade-sede do Mercado Livre fica em Alphaville - SP e teve um custo aproximado de R$105 milhões. São 140 salas de reuniões, auditórios para centenas de pessoas, além de restaurantes, academias, salões de beleza, etc. Claro que o empreendimento conta com 2 mil painéis voltáicos, reaproveitamento da agua da chuva e todo o “kit sou green".
Yin Yang?
Por um lado, fica fácil entender o objetivo das empresas: de oferecer melhor qualidade de vida aos funcionários, de diminuir o tempo que eles gastam com tarefas mundanas (lavar roupa, regar o jardim, etc), diminuir o tempo de commuting (trajeto escritório<>casa), aumentar retenção dos funcionários, criação de talentos dentro de casa (capacitação).
Por outro, eles já são capazes de selenciar presidentes das maiores nações do mundo, de influenciar eleições e agora… vão gerir cidades? Assistir CEO de big-techs dando depoimentos sobre a influencia de suas empresas e o poder de suas decisões já virou programa semanal. Agora… o que dizer quando essas decisões forem tomadas dentro de suas próprias cidades e ninguém elegeu o seu “pre-CEO-feito” democraticamente?
Media for Equity
~ the girl from nubank
Um das principais razões para uma startup (principalmente em early-stage) levantar uma rodada com venture capital, é crescer: seja aumentando a receita, seja expandindo em novos mercados ou ganhando novos cliente.
Uma vez levantado o capital - em troca de equity - esse montante é aplicado em estratégias de marketing, de vendas, de influencers - o que aumenta a distribuição e visibilidade e logo se transforma em receita.
E se o middle-man fosse cortado? Startups poderiam trocar equity por distribuição!
E é exatamente esse o play de Media for Equity. Ao invés de levantar capital e contratar um influencer, startups tem fechado negócio diretamente com o influencer para aumentar a distribuição.
Paolla de Oliveira S2 Lilly Estética: enquanto levantava uma rodada de investimentos com uma venture capital, a rede de clinicas estéticas aproveitou o embalo (e o relacionamento do investidor) para trazer ao corpo de investidores a Paolla Oliveira. Que além de toda exposição em novelas e filmes, também tem 30 milhões de seguidores no instagram.
Anitta S2 Nubank: (ainda a ser confirmado) a Anitta é um canhão de distribuição por si só: listada como uma das mulheres mais poderosas de 2020, listada pela Forbes 30 under 30, artista brasileria mais reproduzida nas plataformas de streaming e 50 milhões de seguidores no instagram. Pro Nubank, essa troca de ações deve aparecer como uma economia.
Deborah Secco S2 Singu: a parceria foi fechada em 2019, e além de investidora a atriz se tornou também diretora criativa. Um move que trouxe exposição para a marca Singu, e lucro para Deborah, uma vez que a startup foi comprada pela Natura em 2020.
O upside é direto: mais exposição de mídia e de forma nativa (não forçada), o que tem um poder de influencia muito maior do que os banners perdidos em sites de notícia. O downside também: a imagem da marca está diretamente associada a uma pessoa. Logo, tanto o bom quanto o ruim são repassados de um lado para o outro.
Rounds, M&As, Exits e mais
idwall, a startup anti-fraude que ajuda empresas a fazerem verificação de documentos (como CNH), e consulta de dados públicos, fecha rodada serie C de U$38mi, liderada pela Endurance.
unico (ex- Acesso Digital), a startup anti-fraude que oferece uma gama de soluções como reconhecimento facial, finaliza a sua primeira aquisição após aporte de R$580mi do SoftBank, a startup ViaNuvem, que oferece soluções de gestão de documentos digitais (BPM).
VTex, a gigante do ecommerce da America Latina, compra a startup gaucha SuiteShare, que auxilia empresas no atendimento dia WhatsApp.
Grupo Ser Educacional, a rede de facauldades, compra empresa de ensino a distancia FAEL por R$280 milhões.
Carefy, startup de gestão de internações hospitalares, recebe segundo aporte de R$1.7 mi.