Bom dia com novidades, droppers.
Se você está lendo pelo app do substack e não recebeu no seu e-mail, é porque mudamos de plataforma de disparo. Vamos continuar publicando aqui por tempo indeterminado mas, se quiser garantir que não vai perder nenhum drop, se inscreve novamente no e-mail no novo site do drop.
Além de que lá vão ter vários novidades - e prêmios pra dropper que indica o drop. See you in the other side?Hoje eu aprendi: que o Jim Carrey recebeu US$ 7mi por “Debi e Loide”, enquanto Jeff Daniels, que interpretou Loide, ganhou apenas US$ 50k
Na edição de hoje, em 5 minutos:
- A janela de IPO está se abrindo
- O que rolou mundo afora: Better.com, Subway, Shein e Forever
- O shopping da Tesla
- O que rolou Brasil adentro: Construmarket, Bebook, Descomplica, Instabov
- OnlyLucro do OnlyFansTechdrop é a newsletter sobre tecnologia e negócios que te leva do OnlyFans aos IPOs da Nasdaq passando pelo mini-shopping da Tesla.
A Janela dos IPOs está abrindo…
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Já faz mais de um ano que a equipe do Drop não tem o prazer de escrever sobre startups abrindo capital. Era janeiro de 2022 quando a janelinha de IPOs começou a se fechar e, desde então, pouquíssimas empresas tiveram a coragem de enviar a papelada para as Nasdaq/NYSE/B3 e colocarem suas ações para jogo.
Apesar dos valuations não terem voltado aos níveis anteriores, o jogo finalmente parece estar mudando:
Arm: a fabricante de chips britânica, que a SoftBank comprou em 2016, tirando a empresa do mercado aberto, está se aquecendo para entrar novamente no mercado de ações. Desta vez, com uma receita de $2.68bi e buscando um valuation de $60-70bi, permitindo à empresa levantar entre $8-10bi.
Instacart: a gigante do delivery de restaurantes (um iFood americano), submeteu os documentos para a Nasdaq e planeja abrir o IPO já no próximo mês. Na sua última rodada de investimentos, em Março de 2021, o app foi avaliado em $39bi. Mas os tempos são outros, agora, buscam um valuation de ~$12bi.
Klaviyo: a gigante b2b de automação de marketing (uma RDStation americana), também está descendo para o play e abriu o armário para que a Nasdaq confira se não tem nenhum esqueleto escondido. O IPO também deve acontecer já no próximo mês. Na última rodada de investimentos, em Maio de 2021, a plataforma alcançou um valuation de $9.5bi.
Neumora Therapeutics: a biotech desenvolvedora de remédios de precisão para doenças cerebrais, financiada pela gigante Amgen, também aproveitou a onda para submeter sua papelada. Neste caso, os números ainda não foram revelados.
Se 2021 foi o ano recorde em volume de IPOs, o ano de 2022 teve o menor volume desde 2016. Os últimos corajosos a se aventurar foram: (1) a startup de carros elétricos Rivian, que alcançou um valuation de $80bi em novembro de 2021, (2) a desenvolvedora de tecnologia para carros autônomos Mobileye e (3) a fintech Corebridge, ambas >$10bi.
O que rolou mundo afora
Better.com: a startup de hipotecas americana, investida do Softbank, abriu capital via SPAC valendo $4bi. Um mês depois, já perdeu 94% do valor, valendo ~$20mi.
Subway: a rede de fast food dos sanduiches de 15-30cm com 37k lojas pelo mundo, foi adquirida pela private equity Roark Capital por ~U$10bi.
Shein e Forever21: estão juntando as
escovas de denteoperações. A gigante do ecommerce e a do varejo devem aproveitar o que cada uma tem de melhor.
O shopping da Tesla
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Imagine assistir um filme em tela de cinema, no conforto do seu carro elétrico, enquanto aproveita para carregá-lo, após passar no drive-through para uma jantinha - ou até mesmo sentar na cobertura do restaurante enquanto assiste os foguetes da SpaceX chegarem na estratosfera…
Pois bem, essa realidade não está tão distante assim, já que a Tesla conseguiu a permissão do Departamento de Construção e Segurança de Los Angeles, para construir em Santa Mônica. O complexo deve contar com 32 super-carregadores, duas telas de cinema e restaurantes com várias opções de comida.
Tesla, a fabricante de carros que, além de carros, também fabrica painéis solares, baterias de armazenamento, carregadores, robôs humanóides, pranchas de surf, lança-chamas, short shorts…
O que rolou Brasil adentro
Construmarket, a plataforma com múltiplos produtos, conteúdos e soluções para construção civil, se torna a décima aquisição do grupo Softplan.
Bebook, turistech de gestão de faturamento hoteleiro, capta R$1.5mi em rodada liderada pelo fundo LH Tech Ventures, da LightHouse.
Descomplica, a edtech de cursinhos online para o Enem e Faculdade, demite 71 funcionários (~7% do quadro de funcionários).
Instabov, startup de soluções tecnológicas para pecuária de corte, recebeu um aporte de R$1.5mi da Belgo Arames.
OnlyLucro do OnlyFans
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A esta altura do campeonato, o OnlyFans é, possivelmente, a empresa mais bem sucedida da economia dos criadores de conteúdo. Utilizado por celebridades, músicos e (principalmente) ‘conteúdo adulto’, o ecossistema da plataforma que ganhou tração durante a pandemia, continua a prosperar numa velocidade surpreendente. É, talvez, um dos únicos unicórnios a realmente fazer dinheiro:
Receita: ~R$5,5 bilhões (+17% ao ano)
Volume Pago (GMV): R$28 bilhões (+17% ao ano)
Número de Criadores: 3.1 milhões (+47% ao ano)
Número de Assinantes: 238 milhões (+27% ao ano)
Lucro: R$2.6 bilhões (+21% ao ano);
A impressionante margem de lucro (pré-tax) de 48%, fizeram com que a empresa pagasse ao seu dono/CEO, Leonid Radvinsky, R$1.7 bilhões em dividendos, ou R$6.5mi por dia de trabalhado no ano!
A plataforma opera no modelo 80/20 de revenue-share. Ou seja, 80% da receita gerada é repassada ao criador e a plataforma retém os 20% restantes. Mas, pela primeira vez, mais de metade das receitas foram provenientes de serviços sem assinatura, como 'gorjetas’, conteúdo pago sob demanda e mensagens privadas.
Ps1: para efeitos de comparação, a base de motoristas cadastrados no app Uber é de ~5 milhões. O OF já tem 62% disto.
Contra dados não há argumentos
Status do dia
O criador de conteúdo médio no OnlyFans gera U$1400 por mês. Já os 5% no ranking, ganham cerca de 95% da receita gerada.
Pelo menos 300 criadores ganharam +U$1mi e 16k criadores ganharam ~U$50k.