Bom dia, droppers.
Hoje eu aprendi: que o Jeff Bezos se define como um filantrópo e quer doar $120 bilhões da sua fortuna. Só não sabe como.
Na edição de hoje, em 6 minutos e 10 segundos:
Cocomelon: private equity só para baixinhos
O que rolou mundo afora: Apple, Amazon, Strava
OpenAI e ChatGPT não estão sozinhos
O que rolou Brasil adentro: Junvo, Nuvini, Leadster e Staged Ventures
Square: nova máfia no pedaço
TechDrop é a newsletter sobre tecnologia e negócios que te deixa mais inteligente enquanto dá risada - e quem sabe não tem uma ideia pro seu próximo negócio.
Private Equity só para baixinhos
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Se você é pai ou mãe de uma criança até 6 anos, deve conhecer o Cocomelon - ou ainda vai chegar lá..
O que talvez não conheça é o business por trás do hipnótico garotinho com fiapos loiros na cabeça e sua turma.
Junto com Little Angel, Blippi e Little Baby Bum, Cocomelon forma a Moonbug Entertainment: produtora de shows infantis que usou a estratégia de aquisições para transformar $145mi em $3bi em menos de 3 anos.
René Rechtman é a mente por trás da estratégia.
Em 2018, ele pulou diversas fases de captação de investimento indo direto para a fase de crescimento- levantando uma Série A de $145 milhões.
O pitch e o modelo de negócio, super simples: vamos comprar vários canais infantis com produção caseira e;
Melhorar os scripts;
Lançar vídeos ao vivo no Youtube;
Vender o shows para canais de streaming como Netflix;
Vender mais e melhores publicidades;
Vender mais brinquedos;
Com essa estratégia, a Moonbug produz hoje 29 canais infantis, distribui em 150 plataformas e em 32 línguas.
O resultado:
9.8 bilhões de visualizações apenas no Youtube em dezembro.
A Moonbug, que cresceu como um private equity, foi comprada por $3bi por outra firma de PE formada por Ex-disneys, multiplicando seu investimento em pelo menos 15x.
O que rolou mundo afora
Apple: mais detalhes sobre o headset de realidade aumentada/virtual de U$3k foram revelados, o Reality deve vir com controle através dos olhos e mãos, com Facetime e Meetings inclusos.
Amazon: lança a RxPass, um modelo de subscrição de $5/mês para ter medicamentos genéricos a vontade, reforçando a ambição pelo mercado health
Amazon de novo: firmou parceria com o Stripe para processar pagamento da maioria das suas unidades de negócio incluindo Prime, Audible, Kindle, Amazon Pay, Buy With Prime.
Strava: adquiriu a Fatmap, tecnologia 3D para atividades outdoor.
OpenAI e ChatGPT não estão sozinhos
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Se as primeiras impressões sobre o ChatGPT-3, desenvolvido pela OpenAI, já deram o que falar, espera só para conhecer o ChatGPT-4 que deve ser lançado em algum momento este ano. O 3 foi desenvolvido em cima de 175 bilhões de parâmetros, já o 4 será de 100 trilhões.
Mas apesar de terem ganhado a corrida de lançamento, a OpenAI não está sozinha no universo da inteligência artificial. Vamos dar um giro pelos principais concorrentes que devem ser lançados este ano:
DeepMind e o ‘Sparrow’: DeepMind é o laboratório de pesquisa e desenvolvimento do Google (adquirido em 2014) e o Sparrow promete ser uma versão mais madura do ChatGPT-3, com links direto para a fonte de informação, além de menos enviesado.
A OpenAI e a Microsoft conseguiram fazer um buzz no universo nerd startupeiro geek de assinantes dessa news, mas só o alcance do Google pode fazer com que a Sparrow seja o próximo assunto no seu jantar de família (#BitcoinFeelings).AnthropicAI e o ‘Claude’: criado por um ex-funcionário da OpenAI e com $700mi de venture capital na conta, a AnthropicAI é criadora do ChatGPT killer, chamado Claude - sua primeira versão é acessível através do Slack e está liberada apenas para um pequeno grupo de beta-testers. Além disso, o algoritmo promete ser o “mais ético” do mercado por seguir um conjunto de princípios (ainda não divulgado) chamado Constitutional AI.
Hugging Face e o Bloom: mais open do que a OpenAI, o Bloom não tem nada a ver com Orlando Bloom. É um projeto open source liderado pela BigScience Initiative que tem seus 178bi parâmetros sendo treinados em público. O modelo de linguagem conta com a contribuição da comunidade de AI da Hugging Face para se tornar o maior LLM do mundo e - se possível - acessível para todos.
Vale relembrar que titio Musk, co-founder da OpenAI, tretou com Sam Altman por acreditar que o modelo deveria ser mais parecido com o Bloom: aberto.
Enquanto os pretendentes ao posto de AI #1 estão treinando e não caem direto pro game, o ChatGPT teve sucesso no seu `first move strategy`.
E já está fazendo carreira em diversas áreas: passou no teste para tirar licença médica, passou no exame da ordem dos advogados e passou na Wharton Bussiness School.
O que rolou Brasil adentro
Junvo, a fintech para a classe D,E capta R$40 milhões com a SRM Ventures
Nuvini, o conglomerado “biotônico fontoura” faz sua 7a aquisição: SmartNX
Leadster, startup de marketing conversacional levanta R$3,5mi com a GV Angels
Staged Ventures, da shark Camila Farani levanta R$1,2mi da Investidores.vc e coloca parte na Digibee.
Nova máfia no pedaço
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Depois da Oracle, Facebook e da mais famosa “Paypal Mafia", uma novo grupo de ex-funcionários se espalha pelos prédios e fundos de Silicon Valley: a Square Mafia.
Não sabe o que é o termo máfia no universo startupeiro?
O Drop explica: é termo utilizado para se referir as firmas tech que geraram fundadores de outras firmas techs de sucesso. Por exemplo, entre os ex-funcionários do Paypal tem co-founders do Youtube, Tesla e Linkedin. Do Facebook e Oracle, cofounders de Salesforce, Asana.
E parece que a fintech - antiga Square e agora chamada de Block - fundada por Jack Dorsey (ex-CEO do Twitter) criou sua máfia intencionalmente.
Keith Rabois, antiga COO da companhia, afirma que Jack e ela contrataram quem tinha espírito empreendedor e com aspiração de criar sua própria empresa. Com isso em mente, eles criaram programas de desenvolvimento e mentorias ensinando funcionários a serem founders. (#ActLikeaFounder)
Deu certo. Ex-funcionários da Square, em sua maioria product managers, vazaram da Square e criaram 15 startups que somadas valem $40bilhões.
Destaque para:
Faire: pioneiros em marketplace business-to-business (B2B), a startup que conta com 4 ex-funcionários da Square levantou $1.29bi e já possui +1000 funcionários.
Doordash: o iFood americano (ou seria o contrário?) foi fundado por Tony Xu e já levantou $2.5bi. Sua função na Square: estagiário.
A máfia brasileira ainda não existe, mas considerando o número de Ex-QuintoAndar, Ex-Loft, Ex-Ifood no Linkedin, trabalhar em uma das grandes deve ao menos gerar um bom novo emprego.
Contra dados não há argumentos
Status do dia
Executivos Franceses são os mais workaholics do mundo, revela pesquisa.
Ranking dos mais viciados em trabalho:
1. Franca;
2. Emirados Arabes Unidos;
3. Hong Kong;
4. China;
5. Reino Unido;
6. Estados Unidos;
7. Singapura;
- via Bupa Global