Dia, droppers!
O que você faria se o seu ex eventualmente se tornasse o homem mais rico do mundo? Pois bem, a ex-namorada de Musk decidiu fazer um leilão. As suas cartinhas de amor escritas à mão e fotos nas baladinhas universitárias que já valem +$10k cada.
Na edição de hoje, em 6 minutos e 20 segundos:
O Bancafé da Starbucks
O que rolou mundo afora: Demissões, Google, Walmart, Zoom, Adobe
Figma se une a família Adobe
O que rolou Brasil adentro: eLoopz, Bravium, Gen-t, Stella, Twiggy
TechDrop é a newsletter sobre tecnologia e negócios que te deixa mais inteligente enquanto você dá risada. Afinal, ninguém precisa dos sapatênis da Infomoney para isso.
O Bancafé da Starbucks
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Você conhece a Starbucks pelos seus lattes, macchiatos e outros nomes sofisticados para café. O que talvez você não saiba é que a Starbucks é também um dos maiores “bancos” dos EUA… senta que lá vem história:
Fase 1: O Cartão físico
Em 2008 a Starbucks lançou seu programa de fidelidade. Basicamente você podia comprar um cartão, adicionar créditos e usá-lo nas lojas. Quanto mais você usa o cartão, mais pontos são acumulados, que podem ser convertidos em alguns benefícios como refil e wifi gratuitos.
Fase 2: O app mobile
Em 2010 o app saiu do forno e o cartão tornou-se digital, mais fácil de recarregar e a compra touchless. Renomeado para Starbucks Rewards Program, o usuário juntava 2 estrelas por dólar gasto (ao invés de 1 estrela da primeira versão).
O programa explodiu em popularidade e em 2014 cerca de 25% de todos os pedidos já eram feitos via app.
Fase 3: O cripto-program
Junto com a Polygon, uma rede com base em Ethereum, acabaram de lançar a última versão do programa: Starbucks Odyssey.
Além de tudo o que já era possível fazer nas versões anteriores, os membros também têm acesso a jogos online e desafios online para ganharem NFTs.
Mas talvez a grande inovação seja: os programas 1 e 2 eram não-transferíveis e não-líquidos. Em outras palavras, não era possível transacionar seus pontos, nem trocá-los por grana. Com um sistema aberto on-chain, tudo isso se torna possível, criando um mercado completamente novo ao redor do programa.
Café, Banco ou Bancafé?
Toda vez que você recarrega seu cartão, esta grana fica nas mãos da Starbucks. Multiplicando essas recargas pelos 27.4 milhões de usuários ativos no programa e você gera $1.6 bilhões em depósitos somente no último ano.
Ao contrário das suas milhas, os créditos adicionados nunca expiram. Logo, muitos usuários nunca chegam a utilizá-los, ou seja, free-money para o Starbucks que, somente em 2019, registrou $141 milhões destes (e você feliz que achou 10lão no bolso).
Atualmente, 53% das vendas nas lojas Starbucks já acontecem via app/programa, o coroando como um dos programas de fidelidade mais bem sucedidos da história.
Ah.. como se não bastasse, eles também
O que rolou mundo afora
Demissões: Patreon está demitindo 17% da sua força de trabalho (80 funcionários), Twilio está demitindo 11% dos seus ~8k funcionários.
Google: tomou a maior multa da história da batalha entre União Européia e empresas tech: 4.125 bilhões de euros por práticas anti-competitivas.
Walmart: a maior varejista dos EUA está reforçando seu braço fintech e lançando conta bancária para clientes e trabalhadores.
Zoom: está expandindo seu escopo de atuação para emails e calendários, já visando se defender dos gigantes Google e Microsoft.
Adobe: está a poucos passos de finalizar a aquisição da startup Figma em um deal que pode chegar a $20bilhões.
Figma se junta a família Adobe
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Marc Bernioff, era o protege de Larry Ellison na Oracle, quando tentou convencer seus chefes que o futuro dos softwares eram na nuvem e assinaturas. Não o escutaram e ele saiu para se tornar o fundador e CEO da Salesforce - com um valuation atual de quase $200 bilhões.
Dylan Field, era um dos proteges de Peter Thiel, quando largou a faculdade para fazer no mundo de design o que a Salesforce fez para o mundo das vendas… trazer uma ‘versão do photoshop’ acessível na nuvem via o seu navegador - nascia o Figma.
Dez anos depois e, a Oracle acabou não comprando a Salesforce, mas a Adobe (dona do photoshop) acaba de firmar um acordo para compra do Figma por U$20bilhões.
Figma captou $333milhões ao longo de 6 rodadas de investimento, seguindo o playbook by the book aquisição:
- Seed: $3.9mi captados, 457x de retorno
- Série A: $14mi captados, 202x de retorno
- Série B: $25mi captados, 121x de retorno
- Série C: $40mi captados, 37x de retorno
- Série D: $50mi captados, 9x de retorno
- Série E: $200mi captados, 2x de retorno
O valor da aquisição dobra o último valuation para uma startup que cresce 100% ao ano e deve registrar $400mi em receita recorrente em 2022 - ou seja, um múltiplo de 50x a receita (bem acima da média atual dos SaaS públicos).
Dylan e seu co-founder Evan Wallace, devem continuar a operação da startup de forma independente, mas agora contando com toda infra e expertise da gigante - além de adicionar estimados $2bi no cofrinho antes dos 30 anos.
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O que rolou Brasil adentro
eLoopz, a startup integrando publicidade online e offline de varejistas, é adquirida pela Raia Drogasil por valor não divulgado.
Bravium, a startup fazendo a ponte entre programas de fidelidade, varejistas e consumidores finais, capta R$100mi em rodada liderada pela Bridge One e anuncia fusão com Satelital e Atrius.
Gen-t, a biotech montando o maior banco genético do Brasil, capta rodada de R$10mi com participação de Eduardo Mufarej, Daniel Gold, e Armínio Fraga.
Stella, a startup conectando geradores de energia solar com consumidores finais, é adquirida pela Ultragas por R$63mi.
Twiggy, a fashiontech que usa IA para dar match entre seu ‘lookinho’ e peças de roupa à venda, capta R$600k em rodada pré-seed.
Contra dados não há argumentos
Status do dia
Se você é do time que acha que o Figma deveria ter esperado para um IPO, segue a lista de startups que seguiram esse caminho e seu valuation atual:
- Box: $3.8Bi
- Dropbox: $8Bi
- Etsy: $14Bi
- Twilio: $14Bi
- Pinterest: $16Bi
- Coinbase: $17Bi
- Expedia: $17Bi
- Snap: $19.4Bi
- Spotify: $19.6Bi
- Cloudfare: $20Bi