💧 Apple: vilão ou herói? + ChatGPT
+ O que rolou mundo afora (Kanye, LastPass, Lensa AI), e Brasil adentro (Sonica, Smart Break, Igah Ventures)
Bom dia, droppers.
Hoje eu aprendi: que as antigas sandálias Birken usadas por Steve Jobs foram leiloadas e bateram o recorde da casa, sendo vendidas por ~R$1.2 milhões.
Na edição de hoje, em 6 minutos e 10 segundos:
Apple: vilão ou herói?
O que rolou mundo afora: Kanye, Lensa AI, LastPass
ChatGPT, o fim da era Google!
O que rolou Brasil adentro: Sonica, Smart Break, Igah Ventures
TechDrop é a newsletter sobre tecnologia e negócios que te deixa mais inteligente enquanto você dá risada. Afinal, ninguém precisa dos sapatênis da Infomoney para isso.
Apple: vilão ou herói?
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Em 2008, Steve Jobs subia ao palco para contar ao mundo como a AppStore funcionaria. Nas palavras do mesmo “Este é o melhor negócio existente para distribuir seus apps”:
- Os desenvolvedores escolhem o preço final do app;
- Os desenvolvedores ficariam com 70% da receita (e a Apple com 30%);
- Sem taxas de cartão de crédito;
- Sem taxas de marketing;
- Sem taxas de hospedagem;
- Tudo isso pago mensalmente;
Quase 15 anos depois e a indústria de apps mobile atinge ~$133 bilhões ao ano.
Destes, cerca de ~$90bi é iOS/Apple e os restantes ~$40bi são Android/Google.
Apesar do iOS ter um marketshare menor, seu público-alvo (classe alta de países de primeiro mundo) consome mais que o público Android (classe média-baixa de países de segundo e terceiro mundo).
E com tantos zeros depois da vírgula, apareceram os haters.
Mark Zuckerberg da Meta: “é problemático para uma empresa ser capaz de controlar quais experiências de aplicativo acabam em um dispositivo. Não acho que isso seja sustentável ou bom.”;
Daniel Eik do Spotify: “Sem vergonha do seu bullying.";
Tim Sweeney da Epic Games: “é uma ameaça à liberdade em todo o mundo. Eles mantêm um monopólio ilegal na distribuição de aplicativos, usam-no para controlar o discurso americano”
Elon Musk do Twitter: “o imposto oculto de 30 por cento na internet”.
Brian Armstrong da Coinbase: “Bom exemplo dos tipos de discussões que temos com a Apple mensalmente, para lidar com o monopólio da loja de aplicativos. Às vezes chega a ser um absurdo” - depois de ter seu app bloqueado na AppStore pela funcionalidade de compra/venda de NFT.
Yat Siu da Animoca: “O problema com a Apple é que eles cobram 30% porque são da Apple, sem nenhuma outra explicação.”
Enquanto Microsoft, Meta e Alphabet estão constantemente batendo cartão no congresso americano sendo usados de saco de pancadas pelos seus respectivos monopólios ou políticas de moderação, a Apple ainda mantém a imagem bom moço, longe dos holofotes quando o assunto é regulamentação.
Agora, enquanto enfrentar individualmente cada um dos críticos foi uma missão ‘fácil’ para Apple, a batalha começa a ser diferente quando todos se juntam publicamente!
Fun facts
1: veja como ficaria a mordida na maçã logo da apple se representasse os 30%?
2: nos anos 80s, as empresas pagavam 10% para estar no devices da Nintendo. As que não conseguiam produzir seu próprio cartucho, incluindo Pacman, pagavam mais 20% para Nintendo o fazer (10%+20%=30%). Apple copiou a taxa.
O que rolou mundo afora
Kanye West: não durou uma semana no twitter. Depois de se declarar fã de Hitler em podcast com Alex Jones, Ye postou uma foto de suástica no seu perfil e foi, novamente, banido da rede.
Lensa AI: o app responsável pelos avatares digitais que você viu no Instagram na última semana atingiu o #1 na AppStore na categoria Fotos & Vídeos.
LastPass: um dos maiores apps de armazenamento de senhas com segurança, foi hackeado (de novo!).
ChatGPT, o fim da era Google!
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E se ao invés de uma SERP (Search Engine Results Page), com milhões de links de sites diferentes e uma porrada de propaganda no meio, você conversasse com um bot que responde sua pergunta em formato de diálogo?
Era pré-google: As páginas amarelas das listas telefônicas;
Era google: Páginas de resultados com links para sites diferentes;
Era pós-google: Uma conversa, respondendo toda suas dúvidas;
Essa é só mais uma das possíveis aplicações da mais nova ferramenta liberada pela Open AI: o ChatGPT!
Dos mesmos criadores de Dall-E (que cria imagens a partir de descrições de texto), do Codex (que cria códigos de programação a partir de descrições de texto) e do precursor GPT-3 (que cria roteiros e histórias a partir de descrições de texto), vem aí o primeiro chat realmente baseado em inteligência artificial - bem diferente daquele bot judite da Tim - capaz de dialogar como um humano, porém, inteligente como um computador.
O ChatGPT responde a perguntas de acompanhamento, admite seus erros, contesta premissas incorretas e rejeita solicitações inadequadas, em milisegundos.
Escrever uma poesia, corrigir bugs em códigos de programação, fazer análises de investimentos, listar uma receita a partir dos ingredientes que você tem na geladeira, expor sobre a classificação filosófica de um cachorro-quente como um sanduíche, e até fazer a prova do SAT… são apenas alguns dos casos de usos descobertos ao longo do final de semana pelos usuários.
Como reforçado por Sam Altman, CEO da OpenAI, este é apenas o primeiro passo. O modelo de IA ainda tem muito a avançar (mas faz isso exponencialmente) e as aplicações são infinitas e impossíveis de prever - atualmente, o chat tem uma trava de segurança que o impede de responder discursos de ódio.
O que rolou Brasil adentro
Sonica, plataforma no-code para projetos Web 3.0, recebeu um aporte de R$2mi da Invisto.
Smart Break, startup focada em micromercado autônomos, acaba de receber um aporte de R$36mi, liderado pela Headline.
Igah Ventures, a gestora de venture capital, é adquirida pelo private equity Pátria Investimentos.
Contra dados não há argumentos
Status do dia
+40.000, foi o número de pessoas assistindo stream pirata do vídeo game FIFA 23, achando que era o jogo da Copa do Mundo.
- via en.as