💧 Os Banqueiros 1.0 e 2.0
+ Como o Cloudfare gera aleatoriedade + O que rolou mundo afora e Brasil adentro...
Bom dia, droppers!
Muita gente nova por aqui, sejam bem-vindos. O TechDrop é como aquele seu pijama velho: confortável, confiável, sempre contigo e você não consegue jogar fora.
E o prêmio de feature boomer do ano vai para: Google Tasks - a nova função permitirá que os usuários imprimam suas listas de tarefas. Próximo no roadmap: enviar via Xerox.Na edição de hoje, em 6 minutos e 40 segundos:
Os banqueiros 1.0 e 2.0
O que rolou mundo afora: Anonymous, NFT NYC, Oracle, Netflix
Como Cloudfare cria aleatoriedade
O que rolou Brasil adentro: SetYou,Unbox, Conexa Saúde, Handmade Design e Thoughtworks
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Os banqueiros 1.0 e 2.0
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“A história se repete, e os historiadores se repetem” - Philip Guedalla
Nesse caso, a história é nunca deixar uma boa crise ser desperdiçada. Já os historiadores, bem, com 100 anos de diferença e uma definição diferente do que é um banco, são JP e SBF…
O banqueiro 1.0
Você provavelmente já ouviu falar do JP Morgan Chase: o maior banco do mundo em marketcap e o quinto maior em ativos sob gestão. São +270k funcionários e quase U$50bi de lucro/ano.
O que você, provavelmente, nunca ouviu falar foi de como ele chegou aqui: John Pierpont Morgan, um banqueiro americano que nunca deixou uma boa crise ser desperdiçada. Durante a crise de 1983, emprestou U$65mi em ouro para o Tesouro Federal americano. Já na crise de 1907, usando o próprio capital, comprou ações, emprestou e reestruturou a operação de várias empresas a beira do colapso, entre elas:
- General Electric
- US Steel
- International Harvester.
Não só fez com que a crise não fosse pior, como também lucrou bilhões no caminho.
O banqueiro 2.0
Você também provavelmente já ouviu falar da FXT: a quarta maior exchange cripto do mundo em volume transacionado (+$10bi/dia), com valuation de +$32bi em menos de 3 anos após o lançamento e, pasmem, apenas 650 funcionários.
O que você, provavelmente, não tinha ouvido falar, é: Sam Bankman-Fried (ou SBF), o fundador e matemático prodígio de apenas 30 anos que se define como “altruísta eficaz” - um capitalista que acredita em ganhar o máximo possível tanto quanto em doar o máximo possível. Aproveitando a crise de 2022, está enchendo o carrinho de criptos compras:
- Uma linha de crédito de $250mi para que a BlockFi
- Uma linha de crédito de $150mi para a Liquid Group
- Uma linha de crédito de $200mi para a Voyage Research
- Em conversas para aquisição da plataforma trader Robinhood (não confirmado)
Se isso tudo vai amenizar a crise e gerar lucro, são cenas para os próximos capítulos.
Mas, por agora, é impossível não traçar o paralelo entre JPM e SBF e a similaridade de suas estratégias, mesmo com +100 anos de diferença entre elas.
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O que rolou mundo afora
Anonymous: a versão hacker d’O Justiceiro tem um novo alvo: Do Kwon, criador do Terra/Luna. O grupo acredita que o fundador tenha agido de má fé e ganhou milhões à custa de quem acreditava no projeto.
NFT NYC: o maior
festaevento cripto dos EUA teve protestos fake e até um fake Snoop Dogg, o Dopp Snogg.Oracle: realizou uma pesquisa interna e descobriu que quase metade (45%) dos entrevistados não se sentiram verdadeiramente felizes nos últimos 2 anos, enquanto 25% disse nem saber como felicidade realmente se parece.
Netflix: vai mesmo lançar um plano mais barato com ads e, o principal candidato a parceiro para fazer isso acontecer, é o Google.
Como Cloudfare cria aleatoriedade
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Cloudfare é a startup americana trabalhando como guarda-costas de pelo menos 10% de todo o tráfego da web, e com um valuation de ~$30bi. A segurança é feita através de serviços de criptografia (como, por exemplo, aquele https:// que aparece antes do www, indicando que um site tem proteção SSL).
Criptografando for dummies: a palavra “Oi”
- inicialmente podemos as posições das letras no alfabeto: 13 = o e 9 = i
- depois podemos somar +1 em cada número: 14+10
- se pegarmos o “P+J” e subtrairmos 1, ficamos com “O+I”
Mas, para uma criptografia funcionar seguramente, ela precisa usar a aleatoriedade - e computadores não são os conhecidos por isso, ao contrario, todo o seu funcionamento segue padrões lógicos previamente codificados e, bem, se existe uma lógica interpretável ou decodificável por trás de uma chave criptográfica… ela não é muito segura.
Para trazer aleatoriedade (e segurança) para a criptografia, a Cloudfare…
No escritório de SF, usam as luminárias de lava: uma fonte externa e completamente imprevisível de geração de aleatoriedade. Uma foto é tirada da parede com 100 luminárias de lava, capturando o movimento das bolhas, as cores, a luz ambiente, a densidade do ar. A imagem é então convertida em fluxo de dados únicos e aleatórios, que alimentam o sistema e funcionam como chaves criptográficas.
Já no escritório de Londres, usam o pêndulo caótico: que apesar de ser modelável matematicamente, é altamente influenciado por milhares de fatores, tornando sua decodificação praticamente impossível - ainda mais considerando que esse é só o primeiro passo da criptografia, outros numeros aleatórios ainda devem ser usados.
Qualquer dado que seja alterado, na foto das lavas ou na posição do pêndulo, todos os demais dados também são. Para uma explicação menos design de interiors e mais científica, dá um check no blog do time de segurança deles.
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O que rolou Brasil adentro
SetYou, a healthtech de personalizando vitaminas, minerais e suplementos, capta seed round de R$3.5mi em rodada liderada pela DOMO Invest.
Unbox, a startup ajudando PMEs a vender online, capta seed round de R$7.5mi em rodada liderada pela Century Oak Capital e Maya Capital.
Conexa Saúde, a healthtech oferecendo consultas online e telemedicina, capta R$200mi em rodada série C liderada pelo Goldman Sachs.
Handmade Design, a consultoria de inovação paulistana, é adquirida pela Thoughtworks, a consultoria de desenvolvimento de software americana.
Contra dados não há argumentos
FTX cresceu 2400% no ano passado, assumindo a liderança entre as exchanges.
Status do dia
Se você é um empreendedor, preocupado em criar sua startup durante uma possível recessão. Lembre-se, essas empresas abaixo foram criadas durante a última recessão (2007-2009):
- Heroku
- Zendesk
- Asana
- SendGrid
- MongoDB
- WhatsApp
- Uber
- Slack
- Github
- Dropbox
via @arnauddsj