💧 Neural
Um mergulho no mundo de AI+ML+DP+NN, o que rolou no mundo a fora, o que rolou no Brasil a dentro.
Morning, Dropers!
Que lindo dia para você que não trabalhar na área digital da Renner - que sofreu um ataque hacker de ransomware que derrubou 2.6 mil servidores e teve todo o seu data center criptografado!
Na edição de hoje:
Neural Networks: o que é, pra que serve, o que come?
O que rolou mundo a fora
O que rolou Brasil a dentro
A neura das redes neurais
redes neurais, inteligencia artificial, machine learning
Redes Neurais formam a base do Deep Learning, que é uma subcategoria do Machine Learning que, por sua vez, é uma subcategoria da Inteligencia Artificial.
Como o próprio nome já diz, é um sistema de computação inspirado na estrutura do cérebro humano. Resumidamente, tanto o cérebro quanto o algorÃtmo, seguem um sistema teoricamente simples:
Recebem dados -> Encontram por padrões entre esses -> Preveem os resultados
É claro que, na prática, o processo é bem mais complexo (activation function, forward propagation, predicted/actual output, backpropagation, etc) e, quanto mais treinados forem os algorÃtmos, maior a precisão das suas previsões. Tipo, as redes neurais estão para os dados, como a proteÃna está para o cross-fit - quanto mais dados, mais inteligente fica o sistema, melhores as previsões, menores os erros.
Aplicações práticas
Logo, os players mais bem posicionados para transformar a tecnologia em produto, e o produto em receita, são àqueles com acesso a base de dados quase ilimitadas:
Apple & Reconhecimento Facial: desbloqueie o seu celular com o poder de olhar para ele.
IBM & Forecasting: o canal do tempo e suas previsões beeem realistas do tempo.
Google & Tradução em tempo real: aponte sua camera para uma placa na russia e você vera a tradução simultanea em português na tela do seu celular.
Amazon & Sugestão de Produtos: quem viu esse produto também gostou destes aqui, dá uma olhada…
Tesla & Autopilot: você indo para o trabalho deitado no banco de trás sem ninguém no volante.
Tecent & Cancer: detectar um problema de saúde com uma precisão 90% maior que a dos nossos doutores.
Aplicações assustadoras
Enquanto a ciência não descobre como aumentar nossa capacidade de processamento de dados, as redes neurais não tem limites - os mais otimistas apostam a diferença entre a nossa própria rede neural e a que você usa nos seus apps serão imperceptÃveis, a lá black mirror:
Deepfake: abasteça o seu algorÃtmo com vÃdeos do Obama suficientes e ele será capaz de criar um vÃdeo novo, dizendo e fazendo o que você quiser.
Roteiros: dos boletins do que aconteceu no jogo de futebol, a escrever o roteiro de um filme inteiro, otimizado para reação dos espectadores.
Imagens: aquele album de fotos dos seus avós em preto e branco e baixa qualidade agora podem ser coloridos e em HD.
Leitura Labial: mesmo se o seu vÃdeo não incluir mais audio, agora ele pode ser traduzido em real time.
Aplicações startupeiras
Consumidor não compra algorÃtmo, compra a solução para um problema. Afinal, você usa uma combinação de Python com C++ ou você o Facebook? Eventualmente as redes neurais vão fazer parte de quase todo código de programação e, para que isso aconteça, alguns players de mercado fazem essa ponte:
DeepMind: dentre outras investidas em AI, a startup prometeu entregar a estrutura de todas as proteÃnas já descobertas pela ciência.
Anodot: essa startup promete ser o BI 2.0. Enquanto a coleta e organização dos dados ainda é um gargalo na maioria das startups, a Anodot, com $65mi de funding, foca na análise destes, entregando respostas, alertas, otimizando dados, etc.
Arturo: foca na análise absurda de dados das seguradoras. O produto é um algorÃtmo que calcula automaticamente com muita precisão as chances de determinado segurado dar preju.
Comet: o produto favorito dos desenvolvedores de AI. Entrega uma plataforma escalável, independente da quantidade de dados, para que estes consigam criar e treinar com mais assertividade os seus algorÃtmos
Luminovo: foca na otimização e minimização dos erros de sistemas de produção e desenvolvimento de eletronicos.
MixMode: destinada para o mercado de segurança online (cybersecurity) e já possui como cliente o DoD (departamento de defesa americano).
Já existem >100k vagas com machile learning de pré-requisito e a projeção é que esse número dobre nos próximos anos. Atualmente as principais aplicações são voltadas para marketing e vendas, que exigem menos precisão do que a área da saúde, onde mora o maior potencial de disrupção
O que rolou mundo a fora
TikTok: a subsidiária da ByteDance tem um novo board member: o governo chinês. E a briga dos paÃses em autorizar ou não o app revive!
OnlyFans: na busca por levantar uma nova rodada de investimentos (e, possÃvelmente, depois de muitos nãos de investidores) anúnciou que vai banir pornografia a partir de outubro.
RobinHood: teve >50% da sua receita no último quarter vindo de criptos - e 62% destes, somente de DogeCoin.
NASA: está sendo processada pela Blue Origen, o novo pet do Jeff, depois de conceder um contrato a SpaceX, a menina dos olhos do Elon.
O que rolou Brasil a dentro
ImmunizeSystem: a startup que automatiza o processo de adequação das empresas a nova lei LGDP fecha rodada de R$2mi.
QuintoAndar, a proptech unicórnio brasileira, faz extensão da rodada de investimento e adiciona R$120mi alcançando um valuation de U$5.1bi.
Kovi, a startup batendo de frente com as locadoras (Hertz, Localiza, etc) com um modelo diferenciado de locação, fechou uma rodada serie B de R$500mi (!).
Holistix, a healthtech que vende produtos para rotinas saudáveis, fecha rodada anjo de R$8mi.
Frizata, a agri-foodtech hackeando a cadeia de alimentos congelados, fecha aporte de R$25mi.
Mercafacil, a startup que oferece uma plataforma de gestão do comportamento de clientes, quase recebe aporte da Ambev - falta o CADE aprovar.