Bom dia, droppers.
Bem-vindos a mais uma edição do TechDrop, a newsletter que você leva 5 minutos para ler e economiza 25 minutos de bullshit. Na edição de hoje, em 6 minutos e 12 segundos:
Mercado Coin, a cripto brasileira
O que rolou mundo afora: Demissões, Amazon, Spotify, Shazam, Lyft
Movile pediu um iFood completo
O que rolou Brasil adentro: Pomelo, DSafeTech, Minds Digital
Mercado Coin, a cripto brasileira
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Há algum tempo que a gigante do ecommerce da América Latina tem demonstrado sua quedinha pelo mercado cripto (sem trocadilhos sobre a queda no valor das moedas, por favor):
Já lançou a sua cripto-wallet (MercadoPago) no Brasil e em dois meses já chegou a ~1milhão de usuários;
Se tornou a primeira empresa de capital aberto na América Latina a adicionar criptomoedas no balanço ao comprar ~U$7.8 milhões em BTC este ano.
E não parou por aí. Na semana passada lançaram a sua própria cripto moeda para os +80 milhões de usuários, a Mercado Coin, que tem dois objetivos:
Aquisição de usuários para o MercadoPago;
Retenção de usuários que receberão recompensas por fidelidade;
Usuários poderão comprar e vender as moedas através do aplicativo MercadoPago, e recebe-las como cashback de compras feitas no ecommerce. O preço inicial é de $0,10 por moeda mas… se os outros 79 milhões de usuários do ecommerce também entrarem na onda, em todos países da américa latina, o potencial é enorme! #PqChorasBezos?
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O que rolou mundo afora
Demissões: foi a vez do app de meditação e saúde mental Calm colocar 20% da sua força de trabalho na rua.
Amazon: tiktokziou o seu app mobile de compras. Agora users podem visualizar produtos em formatos de vídeos verticais e swap right/left.
Spotify: começou a vender ingressos para shows e eventos musicais diretamente no seu app.
Shazam: o app que identifica qual música está tocando, fez aniversário de 20 anos e soltou uma playlist das músicas mais tocadas.
Lyft: o principal competidor do Uber nos EUA, criou uma divisão interna focada exclusivamente em ads, a Lyft Media - e planeja lançar mais opções dentro dos carros, nos apps e pontos de bike.
Movile pediu um iFood completo
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Muitos boatos, várias empresas e tantos zeros após a vírgula espalhados por aí sobre a venda do iFood na última sexta-feira que ficou fácil se perder. Mas calma, nossos não-especialistas do drop já passaram a caneta descorporativizadora para você. Vamos lá:
A Just Eat Takeaway, vendeu sua participação de 33% no iFood, por para a Prosus, que aumentou sua participação à 100% por meio da Movile,
Quem é Just Eat Takeaway?
Criada na holanda e listada na bolsa de valores de Londres, a Just Eat Takeaway é, basicamente, a irmã mais velha e mais global do iFood com um marketcap de $4.45 bilhões, presente em 22 países e investimentos em nos principais players globais do segmento.
Entre esses investimentos estava o app RestauranteWeb, que foi fundido com o iFood em 2014 - momento no qual as empresas se tornaram sócias.
Quem é o iFood?
Criada em 2011, a startup começou como uma central telefônica recebendo pedidos de vários restaurantes para depois evoluir para um modelo app conectando o estabelecimento ao consumidor. E, seguindo os passos do seu principal investidor, Movile, usou e abusou das fusões: RestauranteWeb (2014), o SpoonRocket (2016) e o Rapiddo (2018). Atualmente, com 80% de marketshare nacional, a startup controla: 1700 cidades no portfólio, 330k estabelecimentos parceiros, 200k entregadores, 40 milhões de consumidores e 70 milhões de pedidos por mês.
Quem é Prosus?
O Prosus é uma cisão do grupo sul-africano de comércio eletrônico Naspers, listado em Amsterdã há dois anos e um dos maiores investidores em empresas de países emergentes (Rússia, Índia e Brasil). A relação entre Prosus e Movile começou em 2008 e aos poucos foi aumentando sua participação até se tornar sócia majoritária do grupo, depois de um investimento único de R$1bi no ano passado.
Quem é a Movile?
Criada em 98 por Fabrício Bloisi é uma 'startup' que cresce através de aquisições, criando um conglomerado de empresas com sinergia entre elas, ou seja, uma máquina de M&A's. Entre as startups do portfólio, estão: iFood (delivery de refeições, supermercados etc.), Zoop e MovilePay (serviços financeiros digitais), Mensajeros Urbanos e Moova (logística na última milha, o last mile), Afterverse (games).
Mas para que essas startups chegassem ao tamanho que estão, foram +30 aquisições apenas nos últimos 3 anos, atingindo um ritmo de crescimento ano a ano de ~80%.
Estratégia, strategy, strategie, strategia….
A compra de 100% do iFood permitirá que a Movile tenha mais autonomia na integração das suas soluções, já complementares, e se torne um player completo tanto para estabelecimentos (que além de gerar demanda via o app, podem ter acesso às soluções financeiras, de gestão, de logística, cadeia de suprimentos), quanto aos consumidores.
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O que rolou Brasil adentro
Pomelo, fintech que permite que startups se tornem fintechs, capta +U$15mi e engorda seu série A para U$50mi.
DSafeTech, startup catarinense de Software de Monitoramento de Barragens, capta rodada anjo de R$ 950 mil da Fonntes Geotécnica.
Minds Digital, IDtech especializada em biometria de voz para identificação e prevenção à fraude em contas e transações financeiras, capta R$500k em rodada liderada pela Cedro Capital.
Contra dados não há argumentos
Status do dia
O valuation do iFood, depois da venda, alcançou R$27bilhões. Caso ela fosse uma empresa de capital aberto, seria a 7a mais valiosa do país, atrás apenas de Petrobras, Vale, Itaú, Ambev, Santander e Bradesco.