💧 Cannabis
Um giro pelo mercado de cannabis nacional. O que rolou mundo afora: Intuit, Freshworks, Telegram, Apple O que rolou brasil a dentro: Truepay, Pier, Borzo, Zigpay, Data.land, Carbee
Morning, Dropers!
Terminou o mês com meta batida e tem um tempinho para gastar com bobeira? O site This Is My Website oferece tudo o que você precisa para gastar tempo e não produzir nada.
Voltando para o lado produtivo dessa news, na edição de hoje:
Um giro pelo mercado de cannabis nacional.
O que rolou mundo afora: Intuit, Freshworks, Telegram, Apple
O que rolou brasil a dentro: Truepay, Pier, Borzo, Zigpay, Data.land, Carbee
Cannabis: receita, compra, toma, passa.
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Maconha para geração baby boomers: fitoterápico, paz e amor, hippie, alternativo.
Maconha para a geração X, Y, Z: saúde mental, dores crônicas, neurologia, neuropediatria, saúde do esporte.
Além do problema de branding a ser resolvido, para que o mercado de cannabis e cânhamo evolua no Brasil, também precisa resolver os problemas legais. Mas, vamos dar um t̶a̶p̶a̶ giro no que está rolando…
A oportunidade…
A agricultura representa 4.44% do GPD nacional, o que representa aproximadamente U$119 bilhões em valor adicionado, sendo uma das principais atividades econômicas no país. Atualmente 0% deste vem da indústria do cannabis.
O maior produtor mundial de cânhamo é a China, com 670 km2 de área produtiva. Para efeitos de comparação, um levantamento feito por Sérgio Rocha, diretor da Adwa, estimou que o Brasil possui ~3milhões de km2 de área com aptidão alta ou muito alta para produção. Ou seja, ao usar 0.0002% da área potencial, o Brasil já tem potêncial para ocupar a primeira posição mundial.
No mundo, 40 países já permitem o uso da planta para fins medicinais, enquanto outros 5 países também liberam o uso recreativo. A estimativa é que o mercado movimente cerca de U$150 bilhões nos próximos anos.
A barreira…
Em uma mudança regulatória de 2019, a Anvisa permitiu a importação, venda e fabricação de produtos à base de cannabis - o que, por enquanto, só beneficia as gigantes gringas como a Clever Leaves da Colômbia e a Canopy Growth do Canadá que já vendem para a pequena parcela de usuários brasileiros com permissão (0.02% do total de médicos nacionais receitam o produto).
Em terras tupiniquins, o cultivo ainda é proibido, mas o cenário pode estar mudando. Um projeto de lei visando legalizar a produção já foi aprovado em junho por uma comissão na Câmara - mas o caminho é longo, ainda precisa passar pelo plenário, pelo senado e ser sancionado pelo Presidente (que tem como base de suporte dois grupos que olham para o problema de forma bem diferentes: a bancada ruralista vs. a bancada evangélica).
Fausto Pinato, que foi presidente da comissão de agricultura até março deste ano, disse que apoia o projeto: “Se você está autorizando a venda (de produtos de cannabis), por que não o cultivo?”.
O empreendedor…
Navegando em áreas arriscadas e fazendo a vanguarda do que pode se tornar uma das principais economias nacionais, você já encontra os seguintes players:
[Aceleradora]
- The Green Hub: oferece programas de aceleração para startups da indústria de cannabis no Brasil, além de consultorias e produção de conteúdo voltado para o segmento.
[Fundos de Investimento]
- Greenfield Global, um fundo com participação de brasileiros mas sediado no Canadá, hoje tem U$250mi sob ativos distribuídos entre 16 startups investidas.
[Startups]
-Cannect: é um marketplace healthtech conectando todas as pontas da cadeia: pacientes, médicos e fornecedores. Se o paciente não tem receita, pode agendar uma teleconsulta. Se tem prescrição, a startup cuida da aprovação e do intermédio com o produtor. A startup já conta com +300 produtos na prateleira.
-ADWA: foca no desenvolvimento de pesquisas e tecnologias voltadas para a cadeia produtiva de Cannabis nacional. Um exemplo de sua atuação é a tropicalização das sementes para adaptar a produção ao cultivo em território nacional.
-GreenCare: startup com R$40mi em aportes, 80 funcionários e uma recém-adquirida fábrica em Vargem Grande Paulista, faz a importação e distribuição de medicamentos. Além disto, tem um trabalho intenso junto a comunidade médica visando educação e conscientização para aumentar os 1200 médicos que hoje preescrevem.
-Heluz: startup voltada para a exportação de cannabis medicinal de alta qualidade. Criada por Brasileiros que foram para o Ur00uguai conseguirem as autorizações legais.
-EntourageLab: desenvolveu uma fórmula que dobra o potencial de absorção do CBD além de importar a planta para transformar em extrato concentrado e desenvolver formulação de medicamentos para os pacientes.
-Proprium: desenvolveu o MyCannabisCode, um teste genético que mede a sensibilidade das pessoas às principais substâncias encontradas na cannabis.
O que rolou mundo a fora
Intuit: a gigante dos softwares financeiros americanos (QuickBooks e TurboTax) está perto de adquirir o Mailchimp (software de marketing) por U$10bi. Ps: Mailchimp é um dos raros unicórnios bootstrapped (não levantou venture capital).
Freshworks: o maior SaaS da índia e competidor direto da Salesforce (CRM), dá entrada no processo de IPO na NASDAQ.
Telegram: o app de mensagem que todo Brasileiro usa quando o WhatsApp cai ou o grupo chega no limite de participantes, passou a marca de 1 bilhão de downloads.
Apple: vai começar a testar digital IDs nos EUA. Em dois estados americanos (Arizona e Georgia), a população vai poder deixar a carteira de identidade em casa e usar a versão digital da Apple Wallet.
O que rolou Brasil a dentro
Carbee, a startup de delivery de lavagem automotiva a seco, fecha angel round de R$1.5mi
Pier, a insurtech que usa AI para oferecer seguros para celulares e para autos, fecha rodada de R$108mi
TruePay, a fintech que oferece uma forma para o varejista acessar crédito para comprar com fornecedores, anuncia captação de R$45mi.
Click Entregas, a startup que conecta clientes à entregadores de tudo, anuncia captação de R$150milhões e troca o nome para Borzo e se prepara para bater de frente com a Rappi.
ZigPay, a fintech focada em oferecer uma solução de gestão e pagamentos a casas noturnas, bares, restaurantes e eventos, captou R$ 40 milhões.
Data.Land, a startup que transforma a ocupação urbana a partir da análise inteligente de dados, recebeu um aporte de R$ 5 milhões do GHT4