💧 5G
O que você precisa saber sobre o 5g, o que rolou mundo afora (Apple, Cripto, China, AdBlockers, Toast), o que rolou Brasil adentro (BomConsórcios, BHub, LetsBank, Infracommerce e Synapcom)
Morning, Dropers!
Se você era daqueles que imaginava um futuro com carros e pessoas voando por aí, ele está, finalmente, virando presente. Além da Gol ter fechado a compra de 250 carros voadores para 2025, o piloto militar suíço Yves Rossi, foi gravado voando a 1.2km de altitude a 315 km/hora, ao lado de um avião, usando apenas uma mochila a jato.
Na edição de hoje:
5G: o que você precisa saber.
O que rolou mundo afora: Apple, Cripto, China, AdBlockers, Toast, China
O que rolou Brasil adentro: BomConsórcios, BHub, LetsBank, Infracommerce e Synapcom
5G: o mundo mais conectado!
5G, radiofrequencia, cobertura, latência e velocidade, leilão
Depois de alguns anos de atraso, a Anatel finalmente marcou a data para o leilão do 5G no Brasil - não da tecnologia em si, mas de quais operadores possuirão o direito (e as obrigações) para usar a nova radiofrequência - com potencial de arrecadar ~R$40bilhões ao governo federal (R$35bi a mais do que foi arrecadado com o 4G).
Os principais ganhadores do leilão 4G foram TIM, Claro e Vivo e, para o novo leilão 5G, as obrigações dos ganhadores incluirão: levar internet rápida a milhares de escolas públicas, conexão nos corredores ferroviários, programas de conectividade na Amazônia, rede privada o poder públicas em prol da segurança nacional, migração das antenas parabólicas de áreas remotas para outras frequências, dentre outras…
Que diabos é o 5G?
Não apenas uma versão mais potente do 2G, 3G, 4G, o 5G utiliza mais frequências para transmitir a internet. O que significa dizer que a estrutura 3 e 4G continuarão sendo aproveitadas. Mas, como estas se conectam com maior número de aparelhos por antena, também possuem alcance menor, e exigem a adição de novas antenas: “é uma estrada que já existia, mas agora terá mais pistas” - Moacyr Martucci Junior, professor da Poli-USP
. Internet mais rápida (100x, mais frequências para transmissão de dados);
. Menor latência (menos atraso no tempo de resposta dos aparelhos);
. Maior quantidade de dispositivos por antena de transmissão (até 200x mais);
Pro 5G
Para que atinja o seu potencial total de disrupção, duas frentes precisam evoluir: a infraestrutura/acesso (que deve chegar a SP até o final do ano e 600 cidades até o meio do ano que vem) e as aplicações/uso (celulares, apps, aparelhos - que ainda precisam evoluir de acordo). Inicialmente, é possível que os brasileiros só sintam o impacto negativo de uma internet mais cara, mas, eventualmente, outros benefícios devem aparecer:
IoT: a internet das coisas - mais aparelhos conectados por antena permitem que mais aparelhos estejam sempre conectados à internet, permitindo serem acionados, desligados, controlados remotamente.
VR and AR: a divisão entre o mundo online e offline deve ficar cada vez menor. Hologramas, videogames e o metaverso são apenas algumas das aplicações que devem ficar mais acessíveis.
Casas, cidades e fazendas inteligentes: semáforos, iluminação, eletrodomésticos, irrigação, controle de pestes, aquecedores, ar condicionados… tudo pode estar conectado à rede.
Áreas da Saúde: capacidade de realizar operações e cirurgias remotamente. Ericsson já trabalha em um produto onde médicos(as) operam com luvas sensíveis ao toque conectadas com robôs.
Carros Autônomos: capacidade dos automóveis dirigirem sozinhos sem ajuda de alguém atrás do volante é a maior inovação na indústria na última década.
Drones: na mesma linha autônoma dos carros, drones podem revolucionar o espaço aéreo urbano e rural
Anti 5G
Como tudo o que é novo e mal compreendido, hoje, é insumo para o surgimento de alguma teoria da conspiração criada em grupo de facebook e um subreddit… claro que o 5G não ficaria de fora.
Apesar de não existir nenhuma prova concreta ou científica que apresente as ondas eletromagnéticas dos celulares como danosas aos seres vivos, o movimento Anti-EMF (electromagnetic field) só cresce:
- Cobertor para afastar a radiação 5G invisível enquanto você dorme por meros U$500.
- Chapéu que protegerá seu crânio de todas aquelas frequências eletromagnéticas incômodas enquanto você está fora de casa por U$55.
- Faixa de barriga de $ 113 dólares para mulheres grávidas que desejam proteger seus bebês em gestação
- Coleira de U$125 que cria um campo de força anti-5G ao redor de seus amigos peludos.
- Se você ainda não tem certeza do que precisa, a empresa Shield Your Body oferece consultas de 30 min com um “Especialista Certificado em Radiação Eletromagnética”.
As buscas por termos relacionados a proteção de ondas eletromagnéticas cresceram em 5000% nos últimos anos, enquanto empresas como Aries Tech, que vendem tais equipamentos e ajudam a distribuir a “informação”, viram as vendas crescerem +322% no último trimestre.
O que rolou mundo afora
Apple: ameaçou banir os apps do Facebook do iPhone depois de uma investigação indicar que eram usados para o trafico humano.
Cripto: um hamster trancado em uma gaiola conectada ao mercado de cripto tem comprado e vendido moedas e tokens. A performance já superou a S&P500.
AdBlockers: o FBI, a CIA e a NSA - agências de inteligência e segurança americanas - desenvolveram apps de bloqueio de publicidade online por motivos de segurança.
Toast: a startup que entrega softwares e hardwares para restaurantes nos EUA, abriu IPO na NYSE atingindo um market cap de U$30bi no primeiro dia.
China: baniu (novamente) transações de criptomoedas no país, enquanto se prepara para lançar sua própria moeda digital, controlada pelo governo.
O que rolou Brasil adentro
BomConsórcios, fintech especializada no mercado secundário de cotas de consórcios, fecha aporte de R$30mi da Crescera Capital.
BHub, a startup de gestão de backoffice administrativo e financeiro com 3 meses de operação, capta R$23mi em rodada pré-seed.
LetsBank, o banco digital que comprou a IOOU acaba de levantar R$85mi de um dos seus principais acionistas para avançar a linha de crédito.
Infracommerce, líder no ecommerce B2B, anuncia aquisição da Synapcom, líder no B2C, por R$1.2 bilhões.
Contra dados não há argumentos
