💧 O sneakers phygitais da Reserva
+ De VC para PE: uma nova ordem startup + O que rolou mundo afora (NotCo, SBF, Twitter, Microsoft) e Brasil adentro (Workhub Digital, OKA, Flowins, Paketá, Smallsof e Gdoor)
Bom dia, droppers.
Hoje eu aprendi: que a conta no Instagram do juiz que apitou a partida de Brasil x Croácia, Michael Oliver, foi encontrada pelos brasileiros. A última postagem, que era de 2018, já ultrapassou 2.6 milhões de comentários, entrando no top 10 posts mais comentados da história.
Na edição de hoje, 1077 palavras em ~5 minutos:
Os sneakers phygitais da Reserva
O que rolou mundo afora: NotCo, SBF, Twitter, Microsoft
De VC para PE: uma nova ordem startup!
O que rolou Brasil adentro: Workhub Digital, OKA, Flowins, Paketá, Smallsof e Gdoor
Nos surfamos a web como o Medina e tiramos tudo o que não te interessa para que, em 5 minutos ou menos, você saiba de tudo o que precisa! Bora…
Os sneakers phygitais da Reserva
tenis, sneaker, nft, metaverso, reserva, phygital
Antes de apresentar o novo lançamento, vamos ao glossário:
Phygital: é o belo termo que define a junção do physical com o digital.
Sneaker: o termo que define um tênis com design diferenciado e preço alto.
Reserva: essa você já conhece, a marca de roupas brasileira do pica-pau.
Spriz: o nome escolhido pela marca para o projeto limitado.
NFT: ativos únicos criptografados em uma blockchain com códigos de identificação exclusivos.
Agora que tiramos isso da nossa frente, vamos ao anúncio:
A ReservaX lançou ontem o seu projeto que mistura elementos do mundo digital com elementos do mundo físico, o denominado Spriz NFT.
Uma série de 4 modelos de sneakers diferentes (Asphalt, Citadel, Stellar, Turmoil) foi lançada e apenas 181 pares de cada modelo serão confeccionados sob medida.
Depois da compra (Mint), os proprietários têm acesso a dois tênis: uma versão wearable para metaverso (NFT) que podem ser vestidos no ambiente digital da Decentraland e um modelo físico, que proprietários podem optar por recebê-los fisicamente ou deixá-los guardado e embalado a vácuo no cofre especial da Reserva até 2030.
Se nada disso fez sentido para você…
É por que você provavelmente não é um sneakerhead. O mercado de colecionadores de sneakers saiu de $6 bi em 2019 e deve chegar a $30bi em 2030, sendo que alguns itens raros e preservados como um Air Jordan de 2016 podem chegar a R$10 milhões o par (sim, você leu isso certo).
Só o marketplace de sneakers StockX, que está avaliado em ~$4 bilhões tem 125k produtos listados de +500 marcas.
Se a história é qualquer indicativo do futuro, um par de colecionáveis produzidos em 2003, que levavam o recorte das artes do artista Bernard Buffet, e foram comprados por ~$60 há quase duas décadas atrás, foram vendidos no ano passado por $130k.
Compartilha essa matéria com aquele seu amigo viciadinho em tênis e pode chamá-lo de sneakerhead. Ele vai gostar.
O que rolou mundo afora
NotCo: a foodtech chilena que produz alimentos à base de plantas, fez extensão do série D, somando $70mi e totalizando U$305mi captados.
SBF: da FTX foi detido pelas autoridades de Bahamas, horas depois de participar de um twitter spaces onde disse “eu não acho que serei preso” e um dia antes do seu depoimento virtual a câmera americana.
Twitter: de 140, para 280 para 4000. Esse deve ser o novo limite de caracteres da rede social na sua versão Musk 2.0.
Microsoft: vai comprar 4% da London Stock Exchange Group (LSEG) como parte de um acordo onde a mesma deve usar a infraestrutura cloud por 10 anos.
Binance: a maior exchange cripto do mundo, viu $1.9 bilhões serem sacados de sua plataforma nas últimas 24horas, conforme usuários desconfiam da sua auditoria das reservas. Que o verão do Brasil acabe com o inverno Cripto logo!
De VC para PE: uma nova ordem startup!
ipo, m&a, pe, private equite, startups
Na sopa de letrinhas do universo de startups, a última década foi marcada por excessos. Excesso nas rodadas de investimento, excessos de queima de caixa, excessos de contratações, excessos de múltiplos, excessos de IPOs.
Mas, se 2022 foi algum indicativo, uma ordem está sendo criada…
→ Quem levantava capital com .ppt (apresentação), agora vai precisar um .xls (planilha).
→ Quem focava em crescimento a todo custo (high burn), agora vai focar em lucratividade e sustentabilidade (break-even)
→ Quem olhava para abertura de capital como único caminho (IPO), agora enxerga outras alternativas na linha de chegada (VC2PE, M&As).
→ Quem tinha múltiplos (P/E) entre 30-50x, agora brilha os olhos nos múltiplos de 5-15x.
E sabe quem gosta de múltiplos descontados, lucratividade e sustentabilidade e planilhas cheias de fórmula? Os mesmos que bateram recorde de captação no último ano, mas que ainda não dançavam a música das startups: private equities (PE).
Em 2021, as private equities injetaram U$29 bilhões em startups, um valor 50% maior que o pico anterior, quebrando um recorde de 20 anos!
Somente no Brasil, segundo a KPMG, enquanto os investimentos de VC caíram 62%, os investimentos de PE cresceram impressionantes ~617%. Alguns exemplos:
Coupa Software foi engolida pela Thoma Bravo ($8bi).
Zendesk foi engolida pelo grupo Permira e Hellman & Friedman ($10.2bi).
Citrix System foi comprada pela Elliott Investment Management ($16.5bi).
Dell voltou ao mercado privado com ajuda da Silver Lake Partners ($16bi).
Teve até private equity comprando venture capital, com a Pátria Investimentos adquirindo 100% da Igah Ventures, e 40% da Kamaroopin.
De um lado (Private Equity): potencial de redução de custos, com consistência de crescimento e fluxo de caixa, à valores/múltiplos descontados são o presente de natal que as private equities precisavam para entrar de vez no universo tech.
De outro (Startups): foco em lucratividade no lugar do crescimento a todo custo, eficiência operacional, fluxo de caixa saudável, custos reduzidos e um modelo de negócio sólido e durável devem ser os queridinhos das PEs. As categorias de preferência, até então, foram fintechs, healthcare, insurtechs, agritechs!
O que rolou Brasil adentro
Workhub Digital, startup de comunicação interna e intranet, recebe aporte de R$1mi da Meta, após vencer competição The Next Gen.
OKA, a construtech revolucionando as reformas residenciais, capta rodada de R$2mi liderada pelo grupo de investimento PAR 3.
Flowins, o marketplace conectando produtores a consumidores de café, capta rodada de R$686k através da plataforma de equity crowdfunding SMU.
Paketá, a fintech do crédito consignado, consegue nova linha de crédito de R$300mi com a gestora de recursos Milenio Capital.
Smallsof e Gdoor, as duas startups de Concórdia - SC, focadas em software de gestão de PMEs, são adquiridas pela italiana Zuchetti por ~R$140milhões.
Contra dados não há argumentos
Status do dia
Um a cada três deals de private equity devem ser de tecnologia e/ou software por volta de 2025.
- via Zia Uddin, Monroe Capital
$227 bilhões, foi o montante investido por empresas de private equity, durante o primeiro semestre de 2022, para comprar empresas de capital aberto e torná-las privadas.
- via Dealogic